Maria Alcina “brilha” em show no Imperator

Maria Alcina foi revelada no Festival Internacional da Canção com a emblemática “Fio Maravilha” em 1972 – a partir do momento que apareceu na mídia, com estupendo sucesso, foi contratada para gravar seu primeiro disco e uma das músicas escolhidas foi “Mamãe Coragem” de Caetano Veloso e Torquato Neto. Desde então o compositor baiano passou a fazer parte do repertório da cantora que está lançando “Espírito de Tudo”, um trabalho corajoso e muito bem feito e interpretado pela cantora com músicas do compositor baiano.

Hello Bet
Hello Bet

Maria Alcina é acima de tudo carnavalesca e também tropicalista – isso e notório em seu show que leva o nome de seu mais novo trabalho “Espírito de Tudo” com canções do Caetano. Foram três jovens multi-instrumentistas que elaboraram os arranjos do disco misturando rock, pop e música eletrônica; Rovilson Pascoal (guitarras), Ricardo Prado (teclados e baixo) e Arthur Kunz (bateria e programações), do grupo Strobo.

Todas as décadas de Caetano estão presentes nas 10 músicas que integram “Espírito de Tudo”; dos anos 1960 “Tropicália” e “A Voz do Morto” aos anos 2000 “Rocks”, “A Cor Amarela” e “Rock`n Raul”, passando pelos 1970 “Os Mais Doces Bárbaros” e “Gênesis”, pelos 1980 “Língua” e “O Estrangeiro” e os 1990 “Fora da Ordem”.

No show Maria Alcina mescla músicas do novo disco como sucessos de carreia; Fio Maravilha (Jorge Ben Jor) — vencedora da fase nacional do Festival Internacional da Canção de 1972, Kid Cavaquinho (João Bosco e Aldir Blanc) e ainda “Segura Esse Samba, Ogunhê” – do Osvaldo Nunes, “Bigorrilho” _ que em 2015, Alcina gravou com Ney Matogrosso – autoria de Jorge Veiga, dentre outras.

 

Maria é dona de uma voz grave e de uma presença de palco contagiante e irradiante ao mesmo tempo, interagindo o show inteiro com o público, dançando como se fosse aquela jovem de 1972 quando apareceu no Maracanãzinho cantando “Fio Maravilha” e fez a multidão cantar junto.

Maria Alcina é uma artista completa. Tenho dito.