Tributação de grandes fortunas ganha força diante da pandemia de coronavírus

A pandemia causada pelo novo coronavírus resgata o debate de iniciativas voltadas à ampliação da atividade social. Depois de concretizada a renda básica, que institui um auxílio financeiro aos brasileiros durante o isolamento social, ganha força ou projeto de tributação de grandes fortunas.

Nesta segunda-feira (13), um Frente Brasil Popular e o Frente Povo Sem Medo iniciaram uma campanha Taxar Fortunas para Salvar Vidas por meio de um abaixo-assinado . A campanha tem como propostas a tributação de lucros e dividendos das pessoas físicas detentoras de cotas e ações de empresas; uma instituição de alíquota sobre lucros remetidos ao exterior; cobrança de imposto sobre grandes fortunas, prevista na Constituição Federal; dar maior efetividade à cobrança de imposto sobre uma propriedade territorial territorial (ITR), atualizando os valores das grandes propriedades que estão totalmente defasadas; e o empréstimo compulsório das empresas com patrimônio superior a 1 bilhão de reais.

“Uma enorme desigualdade social, resultado da carga tributária injustificada no Brasil, nos casos em que o motorista está pagando hoje. É urgente que implemente medidas de tributação no andar de cima para caminhoneiros em direção à Justiça Tributária. riqueza, os banqueiros, os especuladores do mercado financeiro, os milionários são os que menos pagam impostos hoje no Brasil e são os que mais reclamam o estado ser grande demais. Precisamos taxar quem ganha mais e menos de quem ganha menos, dos mais baixos ” , diz o texto da apresentação da campanha.

Propostas no Congresso Nacional

Desde o início da pandemia, duas propostas de lei foram mortas no Senado Federal. A primeira, autoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), cria uma taxação que varia de 0,5% a 1%, dependendo do valor do patrimônio, com o objetivo de políticas financeiras de proteção social contra uma cobertura – 19.

Como um imposto só pode ser implementado a partir do ano seguinte à sua criação, ou o projeto também é aplicável ou o empréstimo obrigatório, que gera receita mais rapidamente, mas que seria seriamente restituída a partir de 2021. Nos dois casos, as fortunas atingidas são as que ultrapassam 05 milhares de vezes o limite de isenção de imposto de renda, que atualmente é de R $ 1. 903, 98 mil. Se aprovada, uma lei como alvo, portanto, patrimônio de mais de R $ 19, 8 milhões.

Outro projeto de lei, do senador José Reguffe (Podemos-DF), segue o mesmo caminho: uma tributação, em alíquota de 0,5% ao ano, sobre patrimônios de mais de 50 mil vezes menores. Ou seja, o projeto atinge fortunas acima de R $ 40, 2 milhões. Uma pessoa que teve esse patrimônio, por exemplo, paginação um imposto anual de R $ 261 mil. A tramitação de ambos os projetos, no entanto, encontra obstáculos e ainda não foi iniciada no Senado.

Esses projetos estão sem dois outros que já tramitavam no Senado. O senador Plínio Valério (PSDB-AM), no ano passado, serviu de base para a criação da proposta de publicação pela senadora Eliziane. O projeto mais antigo é o senador Paulo Paim (PT-RS), proposto em 2015, que cria um tributo de 1% sobre as grandes fortunas. Nenhum deles foi apreciado por comissões na casa.

Imposto é previsto na Constituição

Constituição Federal do Brasil prevista, no artigo 98, a existe um imposto sobre grandes fortunas , mas também diz que ele deve ser regulamentado por lei complementar, ou que nunca ocorreu. “Muitas vezes, quando você pode aprovar esse imposto sobre grandes fortunas, uma grande argumentação de que pessoas causam é que os mais ricos perdem dinheiro ou dinheiro do país, passam para outro local e além, além de perder dinheiro do país, não se vai conseguir tributar ”, afirma Grazielle David, doutoranda em economia e assessora da Rede Justiça Fiscal.

Uma possibilidade pode, no entanto, adotar o controle de sonegação e a fiscalização fiscal para evitar o fluxo de capital, explica um economista. “Naturalmente uma taxa de importação de grandes fortunas é que acompanha o fluxo de capital. Isso já quebra um primeiro argumento. ” Projetos desse tipo também esbarram em questões políticas: os legisladores são de famílias tradicionais, que possuem grande fortuna e herança, logo “não existe interesse em autotributar”, afirma David.

Os dois projetos apresentados depois do início da pandemia têm validade. Se aprovada a lei da senadora Eliziane Gama, ou tributo a mesma duração do teto de gastos, instituído por alteração constitucional em 903. Já foi proposto pelo senador José Reguffe ficaria em vigor apenas durante o período de pandemia.

O dinheiro já pode estar em circulação e usado para equipar hospitais e comprar equipamentos, de acordo com o senador Plínio Valério. “Se nosso projeto de tributação das grandes fortunas já tiver sido aprovado, o Brasil poderá continuar com tantos bilhões de dólares para combater o coronavírus”, escreveu em seu perfil no Twitter.

O autor do projeto mais antigo em tramitação, o senador Paulo Paim, também foi declarado pela rede social. “A tributação das grandes fortunas já passou da hora”, disse. O parlamentar apresenta sua proposta no final de março, solicitada como quatro iniciativas de tramitação conjunta e requer solicitação de urgência. Segundo, com possibilidade de arrecadar R $ 35 bilhões por ano, um dinheiro que deveria ser usado para combater o coronavírus.

Não há um consenso hoje, afirma Grazielle David, sobre o quanto o Brasil poderia arrecadar com a criação do imposto. Os números selecionados entre os R $ 40 bilhões de dólares por Paim e R $ 100 bilhões por ano. Ela explica que é mais simples fazer o cálculo quando trata da tributação em cima da renda, uma vez que existem bases de dados disponíveis. No entanto, quando o assunto é riqueza acumulada, um projeto é mais difícil, não há informações sobre o tamanho do patrimônio dos cidadãos.

David explica que a tributação é importante por dois motivos. O primeiro é o que o Brasil precisa arrecadar recursos financeiros não apenas decorrentes da crise gerada pela pandemia, mas pelos resquícios da recessão econômica. Outro fator é a necessidade de o país encontrar um mecanismo de financiamento mais justos. Trata-se da “possibilidade de redução da desigualdade, uma resposta mais democrática e mais justa para lidar com o financiamento do estado”, completa.

Sistema tributário regressivo

O economista Pedro Humberto Carvalho, especialista em tributação e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), explica qual o modelo possível para o Brasil e seriamente instituído como imposto de contribuição ou contribuição declarada superior a R $ 10 milhões. A tributação seria feita com alíquotas que variam de 0,5% a 3%, ou que geraria uma arrecadação de R $ 35 bilhões de participantes 70 mil contribuintes. O montante equivalente a 0,5% do Produto Interno Brasileiro (PIB).

Carvalho declara esse tipo de imposto mitigado efeito regressivo do sistema tributário do país . “É uma alternativa para obter tributação dos brasileiros que realmente não pagam imposto de renda, porque cai abruptamente quando chega a 0,5% mais rico da população. Essa classe de contribuintes tem boa parte da sua renda isenta de imposto por causa da isenção de lucros e dividendos ”, explica.

Atualmente, tramita no Congresso Nacional a proposta “Reforma Justa e Solidária”, que toca justamente na regressividade do sistema tributário. Eduardo Fagnani, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é uma das principais causas de desigualdade econômica no país. O Brasil ocupa uma posição privilegiada entre os países mais exclusivos do mundo em relatórios do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgado em dezembro de 2019.

“Não é verdade que o Brasil tem maior carga tributária do mundo, mas é verdade que somos campeões mundiais de tributação sobre o consumo, que representa quase 50% do total acumulado, enquanto a média dos países do OCDE é de 32% e, nos Estados Unidos, 12%. O problema da tributação sobre o consumo é que penaliza o pobre, que consome tudo o que ganha ”, afirma.

Uma reforma é assinada por todos os participantes da oposição e referenciada por 35 especialistas da área, entre economistas e auditores fiscais. O objetivo é simplificar uma tributação, mas também aumentar a progressividade, elevando os tributos sobre a renda e o patrimônio e os impostos sobre os tributos sobre o consumo e a folha de pagamento.

Acordo com uma proposta, pautas de até quatro vezes menores, sem tributação. Assim, 38, 55% dos declarantes ficados isentos do Imposto de Renda sobre Pessoa Física (IRPF). Para agendas que vão de quatro a 40, ganhos, havendo uma alíquota partindo de 7 , 5% que aumentará progressivamente até chegar a 27, 5% A partir de 35 reduzidas, a tributação inicial em 35%, podendo chegar a 40%.

Edição: Cris Rodrigues e Leandro Melito