Artigo | Confira sete consequências da lei que autoriza a privatização da Eletrobras

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou, na última terça-feira (13), uma lei que autoriza e regulamenta a privatização da Eletrobras. O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) elencou sete consequências da Lei 14.182/2021, apontando que a população em geral será a grande vítima dessa iniciativa. Confira os pontos:

1) Tarifaço nacional na conta de luz

A privatização causará um aumento médio na conta de luz do povo acima de 25%.

2) Desindustrialização e desemprego

O aumento dos custos de energia elétrica aumentará a crise na economia, levará à falência milhares de pequenas e médias empresas e causará desemprego em massa.

3) Destruição da soberania nacional

A privatização entregará 125 usinas de geração de energia, 71 mil quilômetros de linhas de transmissão e 335 subestações para bancos privados e fundos especulativos internacionais. A energia elétrica de nosso país ficará sob domínio completo do capital financeiro, que só tem interesse em especular, saquear e explorar ao máximo nossos recursos.

4) Aumento de apagões

A privatização causará queda na qualidade dos serviços de energia e levará o país ao caos futuro com aumento de apagões.

5) Privatização da água

A estratégia de privatização da água que está em curso irá beneficiar o novo proprietário da Eletrobras, que tende a estabelecer o monopólio do mercado mundial da água. As extraordinárias reservas de água e mananciais naturais da Amazônia estão entre os principais interesses das transnacionais que querem controlar a Eletrobras.

6) Destruição ambiental

Ao se privatizar o setor elétrico, crescerá o número de crimes socioambientais, como os exemplos de Mariana (MG) e Brumadinho (MG), causados por uma companhia privada;

7) Violação dos direitos dos atingidos

As empresas privadas não aceitam reparar os direitos dos atingidos por barragens em suas obras. Por isso, a privatização significa o aumento das injustiças e violações de direitos dos atingidos e dos trabalhadores do setor elétrico.

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É necessário seguir a luta até o fim para impedir a privatização e a entrega da Eletrobras à iniciativa privada. Temos que reaver tudo que será saqueado no setor elétrico pelos banqueiros e empresários que só querem explorar a classe trabalhadora.

Nossa energia deve ficar a serviço de um projeto energético popular que garanta soberania, distribuição da riqueza e controle do povo.

Edição: Mariana Pitasse