É uma série, um best-seller e mais recentemente um meme, o devocional Café com Deus Pai de Junior Rostirola está em todas. E desde antes do café se tornar um item salgado, de luxo, quase proibitivo – o primeiro livro, “Café com Deus Pai – Porções diárias de fé”, foi lançado em 2020. A partir de então, se tornou sucesso no TikTok no ano seguinte e passou a ter uma nova edição todos os anos, inclusive a versão teen para os jovens.
Livros devocionais unem estudo bíblico, reflexões e temas do cotidiano. Povoam a categoria autoajuda e esoterismo. Na esteira do sucesso deste “Café”, outros devocionais surgiram, inclusive outro com café no título: “Café com Jesus”, do Vinicius Iracet. Afinal, é preciso começar bem o dia, se não for tomando café com o Pai, que seja com o Filho.
“Café com Deus Pai”, no entanto, oferece a experiência completa. Além de novas edições todos os anos, quase como uma agenda ou vacina que precisa ser atualizada, há o site em que se vende produtos relacionados. Lucra-se com todas as possibilidades: copos, canecas, ecobags e até latas de café gourmet.
Por volta de dezembro, o preço do café começou a subir nos supermercados, ainda efeito das estiagens do ano passado que atrapalharam a produção. O produto, que é ao mesmo tempo bebida e refeição, está presente até no vocabulário de quem não toma café. E quem toma entende o momento do café como uma pausa para descanso, uma pausa prazerosa com um quê de abençoada. Uma pausa boa para ler um livrinho, talvez?
Estando o “Café” há tanto tempo na lista dos mais vendidos tanto da Veja quanto da Amazon, não dá para dizer que o brasileiro não lê. Vai ver que o que faltava era justamente a companhia de Deus Pai.