O Brasil tem um lado político empenhado em acabar com a fome, atrair investimento, gerar emprego, aumentar a renda, garantir saúde, industrializar e desenvolver.
E tem um lado político inverso determinado a anistiar bandido, dar golpe de estado, conspirar pelo poder, articular assassinato de autoridades, desproteger a presidência.
A polarização entre cidadania e selvageria, entre humanidade e barbárie inspiraria uma escolha fácil a qualquer nação com esperança de futuro e prosperidade.
Inspiraria. Não por aqui – infelizmente.
Não no país onde uma lavagem cerebral ideológica regada a ódio de classe, racismo e desinformação pariu uma fauna de idiotas convictos, fanáticos e perigosos.
Onde a estupidez tem vez, voz, projeção e faz uma manada de ressentidos rastejar na imundície – moral e humana – em nome de um projeto de morte e um lixo criminoso.
Bastaria um sopro de dignidade. Decência. Caráter. E cenas diárias do bolsonarismo – esses espasmos de violência e crueldade – sumiriam sob a repulsa da nação inteira.
Bastaria. Mas não por aqui.
A reiteração sob conivência de uma mídia amoral e de instituições carcomidas pela apatia evidencia o vazio onde caímos.
O abismo engoliu o Brasil – e só a extinção do extremismo nos resgata para a vida.
Protejam Lula.