Autor de ataque que matou 5 na Noruega era monitorado pela polícia

Redação Central, 14 out (EFE).- O autor do ataque ocorrido nesta quarta-feira, em Kongsberg, na Noruega, que deixou cinco mortos e dois feridos, havia se convertido ao islamismo e estava na lista de pessoas monitoradas pelas autoridades devido a radicalização, disse o comissário de polícia, Ole Bredrup Sæverud.

Porta da casa do suposto assassino. EFE/TERJE BENDIKSBY

O autor da ação foi identificado apenas como sendo um homem dinamarquês, de 37 anos, que residia na cidade. Além de um arco e flechas, ele utilizou outras armas e atuou sozinho, indicam as primeiras investigações sobre o caso.

“A polícia esteve em contato com ele anteriormente. Havia uma preocupação relacionada com sua radicalização”, explicou Bredrup Sæverud, comissário de polícia de Kongsberg – cuja cidade homônima foi palco do crime -, que disse ainda não saber as causas do ataque desta quarta-feira.

Os mortos são quatro mulheres e um homem, com idades que variam de 50 a 70 anos. A lista das vítimas ainda não foi tornada pública pelas autoridades locais. Entre os feridos, por sua vez, se encontra um policial que estava de folga.

A polícia local recebeu um alerta às 18h13 (horário local; 13h13 de Brasília) de que um homem armado com um arco e flechas estava circulando pelo centro da cidade. Ele foi preso cerca de meia hora depois, após um “confronto”, segundo a corporação.

“Há muitas cenas de crime. Esta pessoa passou por uma grande área do centro onde foram cometidos atos criminosos”, disse Øyvind Aas, chefe de polícia da região onde os crimes aconteceram, em entrevista coletiva.

O assassino, além disso, chegou a entrar em um supermercado. Durante a perseguição, a força de segurança local pediu aos moradores da cidade para que não saíssem de casa.

A promotora de instrução do caso, Ann Iren Svane Mathiassen, afirmou à imprensa da Noruega que o autor confessou os crimes.

A primeira-ministra interina, Erna Solberg, classificou o caso como “horrível” e uma “situação dramática”. Ela também não quis especular sobre os motivos que levaram o homem a cometer o ataque.

O município de Kongsberg criou um centro de recepção para as pessoas feridas e familiares das vítimas e mobilizou uma equipe de crise para lidar com a situação. EFE