Banco Nacional de Perfis Genéticos ultrapassa 100 mil perfis cadastrados

Números revelam o comprometimento e a força-tarefa dos estados em coletar e inserir no banco o material biológico de condenados


Publicado em

11/03/2021 15h09

O Banco Nacional de Perfis Genéticos ultrapassou a marca de 100 mil perfis cadastrados, sendo 75 mil de condenados e 16 mil de vestígios de local de crime. A maior parte é ligada a pessoas envolvidas em casos violentos e de abuso sexual. No Brasil, até o momento, mais de duas mil investigações foram auxiliadas pela ferramenta.

Para o perito criminal federal e coordenador do comitê gestor da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ronaldo Carneiro, os números são resultado de um trabalho integrado. “Mais que uma marca atingida, esse número é a representação do trabalho de muitas pessoas e instituições, dentro de um projeto estratégico que proporciona à sociedade mais segurança e justiça, por meio de uma ferramenta científica. Cada vez mais conseguimos concluir investigações criminais e encontrar pessoas desaparecidas.”

Criado em 2013, o banco auxilia as investigações criminais de todo o Brasil por meio da prova pericial do DNA. Além de poder apontar a autoria de fatos criminosos sem solução, é capaz de comprovar a inocência de suspeitos ou ainda interligar um determinado caso com outras investigações das demais esferas policiais com provas robustas, tornando-se uma ferramenta eficiente na elucidação de crimes.

Até o fim de 2019, o banco possuía cerca de 70 mil perfis genéticos cadastrados e, em pouco mais de um ano, esse número aumentou em 40%. Atualmente, a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos conta com 20 laboratórios estaduais, um do DF e um da Polícia Federal.

No ano de 2019, o ministério investiu mais de R$ 35 milhões na atividade e, em 2020, mais de R$ 80 milhões, numa ação conjunta entre a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), a Polícia Federal e as secretarias de segurança pública estaduais para o compartilhamento de perfis genéticos obtidos em laboratórios de Genética Forense.

Além disso, o projeto prevê inúmeras ações de capacitação de profissionais de segurança, desde os que atuam na preservação do local de crime até os peritos criminais que atuam no laboratório de DNA.


Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública