A Região Sudeste consolidou-se como o polo estratégico da aviação nacional ao registrar 4,6 milhões de passageiros domésticos em outubro de 2025. O volume representa um crescimento de 8,6% em relação ao ano anterior, configurando um recorde histórico. Com a adição de 980 mil viajantes internacionais, a região atingiu um total de 5,6 milhões de passageiros no mês. O Sudeste é responsável por cerca de 51% de todas as partidas domésticas do país, sublinhando sua importância na malha aérea.
O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirma: os números refletem um dos melhores momentos da aviação brasileira. Costa Filho atribui o crescimento ao trabalho do Governo Federal em ampliar conectividade e melhorar infraestrutura.
Aeroportos Chave: O Polo de Concentração
Os principais terminais da região concentram o fluxo: Guarulhos e Congonhas em São Paulo lideram, respondendo por 51,5% da movimentação doméstica do Sudeste. Os aeroportos Galeão e Santos Dumont no Rio de Janeiro respondem por quase 19% do fluxo regional. Viracopos (Campinas) e Confins (Belo Horizonte) destacam-se pelo seu equilíbrio operacional estratégico.
O Galeão (RJ) exibiu o crescimento mais expressivo entre os grandes terminais, com uma alta de 26,8% na movimentação de passageiros em outubro. A performance é resultado da retomada de rotas e do aumento da oferta.
| Aeroporto (Estado) | Crescimento (%) em Outubro/2025 |
| Galeão (RJ) | 26,8% |
| Guarulhos (SP) | 10,5% |
| Congonhas (SP) | 6,5% |
| Viracopos (SP) | 4,3% |
| Confins (MG) | 1,0% |
Recorde Nacional e Projeção Anual
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reporta que os voos domésticos em todo o Brasil transportaram 9 milhões de passageiros em outubro de 2025. Este é um volume inédito para o mês, representando a quarta maior marca da série histórica. O número configura uma alta de 9,1% em relação a outubro de 2024.
O fluxo internacional também cresceu, com 2,3 milhões de passageiros e alta de 9,3%. No total, 11,3 milhões de viajantes passaram pelos aeroportos brasileiros em outubro. O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) projeta um crescimento histórico anual para o Sudeste em 2025. Até outubro, os terminais regionais receberam mais de 42 milhões de viajantes, aproximando-se do recorde anual de 47,6 milhões de 2024.
O recorde de passageiros no Sudeste evoca a narrativa de superação da crise, mas lança uma sombra sobre a capacidade da infraestrutura. Este crescimento exponencial, impulsionado pela retomada e investimentos, exige uma ação governamental que vá além da celebração: deve focar na expansão e na eficiência dos terminais. A concentração de 51,5% do fluxo em apenas dois aeroportos de São Paulo cria um nó logístico que, se não for resolvido, transformará o recorde de outubro em um pesadelo de atrasos e ineficiência, como no cenário de colapso logístico em Aeroporto 77.
