A criação do Museu das Amazônias, que será um dos principais legados da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em 2025, foi lançada na segunda-feira (8), em Belém, Pará. A solenidade aconteceu no Palácio dos Despachos. O novo museu integrará conhecimento científico e saberes tradicionais da Amazônia, representando todos os países que compõem a região amazônica.
Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destacou que o museu oferecerá uma imersão na realidade das várias Amazônias, sensibilizando os representantes presentes na COP30 sobre a necessidade de preservação do bioma.
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Será um legado para a COP de Belém. A vida no planeta depende cada vez mais da Amazônia, e o museu faz parte da estratégia do BNDES como um banco verde, que liderou mundialmente o financiamento de energia renovável e sustentável e está na linha de frente da descarbonização da indústria e da agricultura. Se não engajarmos as lideranças políticas, não conseguiremos reverter a crise climática que continua a aquecer o planeta
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES
O projeto do museu contará com a participação da comunidade acadêmica e científica da Pan-Amazônia, além da colaboração da sociedade civil, mediante um cronograma de escutas coordenado pelo Museu Emílio Goeldi. O plano de trabalho é resultado de um acordo de cooperação entre o governo paraense e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).
O Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) destinará recursos para o desenvolvimento do desenho e a implementação dos projetos executivos, garantindo qualidade técnica, sustentabilidade e alinhamento com as diretrizes aplicáveis à região amazônica.
Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES, ressaltou o histórico do banco como maior investidor em patrimônios no país. “É um lado do BNDES que muitos ainda desconhecem, esse papel de fomentar não só o desenvolvimento econômico, mas também o cultural. Para nós, é uma alegria enorme estar aqui. Estamos colocando mais um tijolo nessa construção que fará da COP do Pará a COP das COPs”, afirmou Campello.
O Museu das Amazônias será um museu a céu aberto, localizado no Porto Futuro II, e terá quatro eixos temáticos: Amazônia Milenar, que promoverá os saberes ancestrais indígenas; Amazônia Secular, que enfocará ribeirinhos, quilombolas, extrativistas, seringueiros, pescadores e outros povos que ocupam a região há séculos; Amazônia Degradada, alertando sobre os riscos à região e ao mundo; e Amazônias Possíveis, debatendo os rumos do bioma.