Bolsonarista

Defensor de escolas cívico-militares lucra R$ 11 Milhões com contratos sem licitação

Capitão Davi Lima Sousa, dono da Abemil, promove militarização das escolas e possui forte conexão com figuras políticas

O capitão Davi Lima Sousa em reunião com representantes do governo de Minas Gerais. Foto: Reprodução
O capitão Davi Lima Sousa em reunião com representantes do governo de Minas Gerais. Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – O capitão Davi Lima Sousa, conhecido defensor do modelo de escolas cívico-militares, acumulou um lucro de pelo menos R$ 11 milhões por meio de contratos sem licitação com prefeituras.

Ele é proprietário da Associação Brasileira de Educação Cívico-Militar (Abemil) e frequentemente faz lobby pelo modelo de ensino militarizado.

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O que você precisa saber

  • Figura política ativa: Davi Lima Sousa é presença constante em reuniões com prefeitos e figuras políticas como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto.
  • Histórico eleitoral: Sousa disputou eleições em 2018 e 2022, ambas sem sucesso, mas continua promovendo suas ideias.
  • Abemil e contratos: A Abemil, criada por Sousa, fechou contratos com diversas prefeituras, oferecendo serviços para implementar o modelo de escolas cívico-militares.
  • Lobby ativo: Sousa participa pessoalmente de audiências públicas e reuniões para defender seu modelo de ensino como uma luta contra a “ideologia” nas escolas.

Conexões Políticas

Davi Lima Sousa tem uma história ativa na política, tendo disputado uma vaga de deputado no Distrito Federal pelo PTC em 2018, obtendo apenas 1.803 votos. Em 2022, concorreu novamente, desta vez pelo PL, partido de Bolsonaro, recebendo 3.826 votos. Ele é um defensor fervoroso de Bolsonaro, tendo feito campanha para o ex-presidente nas eleições de 2018 e 2022.

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Expansão da Abemil

Em 2019, com a criação do PECIM (Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares) pelo então presidente Bolsonaro, Sousa fundou a Abemil. A associação oferece serviços para prefeituras implementarem escolas cívico-militares, afirmando ser uma entidade sem fins lucrativos. Sousa participa ativamente de audiências públicas e reuniões municipais, promovendo o modelo como uma forma de combater a “ideologia” nas escolas.

Polêmica nas Redes Sociais

Apesar das redes sociais pessoais de Sousa serem usadas para convocar apoiadores de Bolsonaro e fazer campanha, a Abemil se declara “independente e apartidária”. A forte ligação entre Sousa e o ex-presidente levanta questões sobre a real independência da associação.

Conclusão

A trajetória de Davi Lima Sousa destaca uma estreita relação entre a defesa das escolas cívico-militares e sua participação política. Seus contratos milionários sem licitação e a conexão com figuras políticas de destaque reforçam a influência de sua atuação no cenário educacional brasileiro.