Greve

Greve atinge universidades e institutos federais em todo o Brasil

Professores e servidores reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária

Professores das universidades federais do Ceará seguem em greve após recusarem propostas do governo. — Foto: ADUFC/Reprodução
Professores das universidades federais do Ceará seguem em greve após recusarem propostas do governo. — Foto: ADUFC/Reprodução

Rio de Janeiro – Desde abril, pelo menos 54 universidades, 51 institutos federais (IFs) e o Colégio Pedro II estão em greve, conforme levantamento do G1. Professores e servidores dessas instituições reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e a revogação de normas implementadas nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

O que você precisa saber

  • Reivindicações: Professores e servidores pedem reestruturação de carreira e recomposição salarial e orçamentária.
  • Greve Abrangente: Afeta 54 universidades, 51 institutos federais e o Colégio Pedro II.
  • Proposta do Governo: Acordo com Proifes-Federação foi rejeitado pelo Andes e Sinasefe.

Motivos da Greve

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) aponta uma defasagem salarial de 22,71% para os professores desde 2016. Eles solicitam uma reposição que leve essa diferença em conta. A greve varia entre as instituições: em algumas, tanto professores quanto técnicos-administrativos aderiram à paralisação; em outras, apenas um dos grupos está paralisado. Nos institutos federais, a greve afeta aproximadamente 400 campi em todo o país.

Acordo com o Governo

Na última segunda-feira (27), o governo assinou um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação). Contudo, a proposta foi rejeitada pelo Andes e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

Detalhes do Acordo

O acordo com o Proifes inclui a reestruturação da carreira docente, um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Também menciona uma reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira, garantindo aumento salarial para os profissionais em início de carreira. Porém, segundo o Andes, essa valorização ocorreria “às custas de mais uma desestruturação”, reduzindo o número de graus na carreira de 13 para 10.

Reações dos Sindicatos

Na última terça-feira (28), o Sinasefe declarou que “a greve não acabou”. O Ministério da Educação (MEC) informou em nota que “as demais instituições que não assinaram o acordo terão mais prazo para levarem novamente a proposta para suas bases e poderão assinar o acordo posteriormente”. O MEC reforçou que está “sempre aberto ao diálogo, franco e respeitoso, pela valorização dos servidores”.