RIO DE JANEIRO – O empresário da fé Silas Malafaia, defensor do projeto de lei que equipara o aborto realizado após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio, afirmou que mulheres “mentem” sobre terem sido abusadas sexualmente para conseguir realizar o aborto em hospitais.
O que você precisa saber
- Silas Malafaia acusa mulheres de mentirem para realizar aborto.
- Pastor defende projeto de lei de Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
- Malafaia critica imprensa e políticos de esquerda por distorcerem informações.
Declarações Polêmicas
Em um vídeo publicado no YouTube, Malafaia afirmou que mulheres podem mentir sobre abuso para realizar abortos. “É para a mulher chegar diante do médico e mentir. Mesmo que não tenha sido estuprada. É só ela dizer ‘fui estuprada’. Pronto, se faz o aborto. É legalizado o aborto”, declarou o pastor, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Contexto Legal
A interrupção da gravidez em casos de estupro não exige a apresentação de um boletim de ocorrência. A Lei do Minuto Seguinte, sancionada em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), garante atendimento imediato a vítimas de violência sexual em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), evitando constrangimentos e a necessidade de registrar uma ocorrência para obter atendimento.
