Curitiba – O ex-policial penal Jorge Guaranho, de 40 anos, foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT. O crime ocorreu em julho de 2022, durante a festa de aniversário da vítima. A sentença foi lida nesta quinta-feira (13) pela juíza Michelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba.
A condenação se deu por homicídio duplamente qualificado, motivado por divergência política e pelo risco a outras pessoas presentes no local. Sete jurados decidiram pela culpabilidade de Guaranho, que cumpria prisão domiciliar e agora será detido em regime fechado.
Como aconteceu o crime
O assassinato ocorreu em Foz do Iguaçu (PR), quando Guaranho invadiu a festa de Marcelo Arruda, que comemorava 50 anos com uma temática em apoio ao ex-presidente Lula. Testemunhas relataram que Guaranho chegou ao local gritando o nome de Jair Bolsonaro, então candidato à reeleição, e tocando músicas de campanha em seu carro.
Houve um bate-boca entre os dois. Após deixar o local, Guaranho retornou armado e atirou contra Arruda, que foi atingido e chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu.
Declarações do réu e da defesa
Durante o julgamento, Guaranho alegou que voltou ao local porque seu filho – na época com um mês de idade – teria sido atingido por terra jogada por Arruda. A defesa afirmou que o ex-policial atirou em legítima defesa, pois a vítima teria sacado uma arma primeiro.
Guaranho também afirmou que foi alvejado e segue com projéteis no corpo, o que teria causado sequelas físicas. O júri ouviu nove testemunhas, incluindo peritos e informantes. O réu foi o último a depor e apresentou sua versão publicamente pela primeira vez.
Entenda o caso: o assassinato de Marcelo Arruda
- Crime ocorreu em julho de 2022, durante o aniversário de Marcelo Arruda.
- Guaranho invadiu a festa gritando o nome de Bolsonaro e discutiu com Arruda.
- O ex-policial voltou armado e disparou contra o petista, que não resistiu.
- Defesa alegou legítima defesa, mas o júri considerou o crime qualificado.
- Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado.