Que loucura!

Mulher é mantida em cativeiro e abusada pelo próprio tio por 10 anos

Polícia pede a ajuda da população para localizar o autor

Cativeiro onde mulher ficou em poder do tio por quase 10 anos.
Cativeiro onde mulher ficou em poder do tio por quase 10 anos. Foto: Divulgação / PCES

O resgate foi realizado após investigação policial em Jucuruçu, interior da Bahia, a 830 quilômetros de Salvador. Na sexta-feira (20), uma mulher de 25 anos foi libertada após quase dez anos em cativeiro. O autor do crime, identificado como Adenilson Lima da Silva, 43 anos, é tio da vítima. A mulher foi raptada em 2015, no estado do Espírito Santo.

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Ela permaneceu incomunicável desde então, até que, recentemente, conseguiu mandar mensagem para sua família por meio das redes sociais. Segundo o delegado Fabrício Lucindo, da 16ª Delegacia Regional de Linhares, no interior do Espírito Santo, a vítima foi procurada durante todo o período em que esteve desaparecida.

Em declaração ao jornal A Tarde, o delegado afirmou que, “Após quase 10 anos de buscas, conseguimos localizar a vítima graças ao contato que ela fez com a família. Agimos prontamente para organizar a operação, que foi um sucesso”, declarou.


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Sequestrador é procurado

A operação de resgate foi iniciada na madrugada de quinta-feira (19). Na ocasião, policiais civis e o pai da vítima saíram de Rio Bananal, no Espírito Santo, e viajaram por 450 quilômetros até o cativeiro, em Jucuruçu, na Bahia.

O local foi cercado na manhã de sexta-feira (20), contudo o sequestrador conseguiu fugir para a mata. A vítima foi encontrada em casa. Ela contou aos policiais que, desde o rapto, foi constantemente abusada sexualmente. Ela afirmou também que era mantida trancada e que, se tentasse fugir, ela e seus familiares seriam mortos.

“Ele a vigiava o tempo todo e nunca permitiu que ela frequentasse a escola. A vida dela era completamente controlada por ele. A vítima passou por vários locais, incluindo a capital Vitória, onde viveu por três anos, antes de ser levada para Jucuruçu. Durante todo o tempo, ela foi obrigada a trabalhar na roça e recebia apenas R$ 100,00 por mês”, afirmou o delegado.

A situação começou a mudar há 8 meses, quando o tio deu um celular à sobrinha. Por meio do aparelho, ela conseguiu avisar sua família. No local, a Polícia Civil apreendeu três armas de fogo de fabricação caseira, munições e documentos falsos.

As buscas pelo sequestrador continuam e a polícia solicita que a população passe informações por meio do Disque Denúncia 181, com garantia de sigilo.