OSCAR 2014: ELA – FUTURO? ACHO QUE NÃO!

A coluna CINE VISTO irá analisar os filmes indicados ao Oscar de 2014. São nove ao todo. Três produções já foram analisadas

Cine-Visto A coluna CINE VISTO irá analisar os filmes indicados ao Oscar de 2014. São nove ao todo. Três produções já foram analisadas: Gravidade, Capitão Phillips e Trapaça. Hoje é dia do envolvente Ela. image01 O filme está concorrendo em 5 categorias: Melhor Filme, Melhor Canção (The Moon Song), Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora e Melhor Design de Produção. Eis a sinopse: Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, que acaba de comprar um novo sistema operacional para seu computador. Para a sua surpresa, ele acaba se apaixonando pela voz deste programa informático, dando início a uma relação amorosa entre ambos. Esta história de amor incomum explora a relação entre o homem contemporâneo e a tecnologia. image04 Poucas vezes no cinema contemporâneo de Hollywood, tivemos a oportunidade de estar diante de uma reflexão tão profunda sobre as consequências do mundo moderno. O filme nos leva a um futuro (já muito presente) quando as relações humanas vão sendo deixadas de lado e são substituídas pela relação do ser humano com a máquina. O protagonista mantém sua relação acreditando que não há artificialidade nisso. Ele trabalha escrevendo cartas encomendadas. Se há um marido com saudades de sua esposa, não é necessário que tenha trabalho para expressar isso: há profissionais que fazem isso. Se pensam que é um trabalho mal visto, estão enganados! O nosso personagem é muito bem sucedido. Então por que seria mal visto por manter um relacionamento com um sistema operacional? image02 Um roteiro inteligentíssimo de Spike Jonze (que também dirige) que merece ser revisto por todos aqueles que acreditam no isolamento presente na inconsequente era digital. Importante destacar a convincente perfórmance do sempre verdadeiro Joaquim Phoenix. Dessa vez não tão visceral, mas não menos entregue. Ele realmente está apaixonado pela voz (de Scarlett Johansson)! image03 O filme é conduzido de maneira muito leve, sem forçar o espectador a sentir a crítica. O roteiro e a direção nos envolvem de tal maneira que acabamos por aceitar tudo da maneira mais natural possível. Será que já estamos vivendo dessa maneira? Talvez. Convido a todos a apreciar esse magnífico trabalho. Sem sombra de dúvidas, o melhor roteiro do ano!