Beatriz Segall diz no Provocações que o público gostava de Odete Roitman

Antônio Abujamra recebe nesta terça-feira a atriz Beatriz Segall, no Provocações. Conhecida por eternizar suas personagens, ela interpretou Odete Roitman

 

Antônio Abujamra recebe nesta terça-feira (11/3) a atriz Beatriz Segall,
Antônio Abujamra recebe nesta terça-feira (11/3) a atriz Beatriz Segall

Antônio Abujamra recebe nesta terça-feira (11/3) a atriz Beatriz Segall, no Provocações. Conhecida por eternizar suas personagens, ela interpretou, dentre outras, Odete Roitman, da novela Vale Tudo, e Estela Miranda, de Água Viva, ambas da TV Globo.

Beatriz conta que desde Água Viva os atores não queriam fazer os papéis de vilões. “Havia um movimento dentro da TV Globo para aumentar o salário dos atores que fizessem papéis de vilões, pois eles não eram convidados para fazer merchandising e comerciais. Eles ficavam mal quistos pelo público. Eu nunca tive esse problema”.

A atriz esclarece que nunca foi confundida com seus personagens e nem agredida pelo público na rua. “A famosa revista Amiga publicava coisas que nunca aconteceram, que fui agredida na rua e que o público me tratavam mal. Isso nunca aconteceu. O público adorava a danada Lourdes Mesquita e a danada da Odete. Até hoje tem gente que sabe as frases da Odete“.

Questionada sobre a nova geração de atores, ela ressalta que a preocupação, hoje, é ser celebridade. “Quando começamos, os atores tinham vontade de aprender. Tentamos fazer um teatro brasileiro. Hoje a maior preocupação é ir pra televisão. Após 15 dias são considerados celebridades. Acho engraçado esse conceito de celebridade”.

Ainda sobre a profissão, Beatriz fala que falta formação e vontade de observar o que está acontecendo na sociedade brasileira. “Sou vidrada por seriado americano. Fico encantada com a capacidade de imaginação criativa que eles têm para criar cenas monumentais. O principal na nossa profissão é o texto. Porque se você tem uma boa dramaturgia você pode deitar e rolar”.

Beatriz ainda relembra do período da ditadura, quando dirigia o Theatro São Pedro com seu marido Maurício Segall, que era ativista político. “Ele era muito cuidadoso e evitava para eu não ter nenhum envolvimento politico. Eu e meus três filhos sempre tínhamos o passaporte atualizado se precisássemos sair do Brasil. Foi duro pra todos.”