Morte após tatuagem; biomédico alerta, há riscos na anestesia tópica

Primeiramente, alerta o Dr Daniel Dias Machado, somente profissionais habilitados podem aplicar anestesia.

A princípio, morte de David Luiz Porto Santos pode ter ocorrido por superdosagem de anestésico tópico. Ainda mais, o profissional teria aplicado lidocaína 20%. Bem como, receitada por médica veterinária.

A primeira vista, alerta o Dr Daniel Dias Machado, os anestésicos tópicos podem apresentar riscos. Além disso, quanto maior a superfície de pele em contato com o medicamento, maior sua absorção. Ou seja, áreas mais vascularizaras e traumatizadas por agulhamentos.

Primeiramente, alerta o Dr Daniel Dias Machado, somente profissionais habilitados podem aplicar anestesia. Em outras palavras, como um profissional sem qualquer noção de toxidade clínica e anestesiologia expõe seu paciente ao risco. Nesse sentido, uma intercorrência deveria ser vista como prática dolosa, pois expõe o paciente ao risco, tendo conhecimento da falta de autorização e técnica.

Dr Daniel Dias Machado
Dr Daniel Dias Machado

Desde já, informa o Dr Daniel, todo medicamento tópico também tem absorção sistêmica. Sendo assim há necessidade de se conhecer as doses de segurança. Assim como denúncia que mesmo sendo proibido, clínicas de estética e estudios de tatuagem seguem aplicando.

De antemão, o biomédico Dr Daniel Dias Machado instruiu os jornalistas do portal. Neste ínterim, o mais provável é que a vítima teve uma superdosagem do anestésico. Da mesma forma, uma intoxicação com efeitos adversos, que vão de uma hipotensão a parada cardíaca.

Em fim, os anestésicos locais são geralmente seguros e eficazes quando limitados. No entanto, se grande quantidade atingir a circulação sistêmica, níveis supraterapêuticos no sangue e nos tecidos podem causar toxicidade. Sendo assim, informa o Dr Daniel Dias Machado, este trânsito para o sangue pode ser devido a absorção intravascular inadvertida ou vascular. Ou seja, no local alvo, reduzem o fluxo de íons sódio através dos canais de sódio dependentes de voltagem por uma combinação de uma barreira de energia aumentada e impedimento estérico. Esse bloqueio nervoso ocorre do lado intracelular e requer que os anestésicos se movam primeiro pela bicamada lipídica. Além, disso bloqueiam os canais de cálcio e outros canais em concentrações semelhantes. Em concentrações mais baixas, bloqueiam a sinalização da proteína quinase induzida pelo fator de necrose tumoral α. Em concentrações mais altas, podem inibir outros canais, enzimas e receptores, incluindo a translocase carnitina-acilcarnitina nas mitocôndrias.

Resumidamente, reforça o biomédico, a lidocaína como qualquer outro anestésico tem sua toxidade atrelada a dose utilizada. Sendo assim apenas profissionais habilitados podem utilizar anestésicos.