O Cordão do Prata Preta, tradicional bloco carnavalesco do Rio de Janeiro, organizou uma vaquinha online com o objetivo de arrecadar fundos para comprar uma sede própria. A ideia é que o local funcione como um centro cultural focado nos blocos que ocorrem na região da Zona Portuária da cidade, conhecida como “Pequena África”.
“Cabe destacar que além de valorizar a cultura, a sede também proporcionará a concretização de outro objetivo do Prata Preta, que é dar atenção especial à parte social do nosso território, promovendo projetos que possam contribuir para o desabrochar de novos talentos populares”, diz trecho do texto que explica a vaquinha.
Leia também: Artigo | Após restrições, carnaval se reinventa e resiste nas ruas do Rio de Janeiro
Até esta sexta-feira (3), a página voltada para a arrecadação de fundos somava R$ 2.706,00 doados por 41 pessoas, o mesmo que 14% do objetivo final, estimado em R$ 20 mil. O total é o valor de entrada do imóvel. Os organizadores planejam que o restante do pagamento seja parcelado.
As contribuições podem ser feitas em qualquer valor. Além da página online, também podem ser depositadas por meio da Chave Pix: [email protected] ou CNPJ: 44.697.744.0001-82.
:: ‘Carnaval absorve trabalhadores que o mercado exclui’, diz diretor da Imperatriz Leopoldinense ::
O Cordão do Prata Preta foi fundado em 2004 com o objetivo de reviver o carnaval de rua da Zona Portuária do Rio. O nome da agremiação foi dado em homenagem ao capoeirista Horácio José da Silva, conhecido como Prata Preta. Ele se tornou referência durante a Revolta da Vacina, em 1904, ao mobilizar moradores do bairro da Saúde contrários à vacinação obrigatória.
O bloco, que ganhou o prêmio Serpentina de Ouro, do jornal O Globo, em 2014, como bloco “Destaque”, desfila aos sábados de carnaval. A concentração todos os anos acontece na Praça da Harmonia, seguida por um desfile que carrega centenas de pessoas, bonecões e estandartes pelo sobe e desce das ladeiras charmosas do bairro carioca – ao som da bateria afiada no repertório das marchinhas tradicionais.
:: Luiz Antônio Simas sobre o carnaval do Brasil: ‘A luta e a festa são irmãs’ ::
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Mariana Pitasse
