Movimentos realizam no DF ato em apoio a Vini Jr. em frente a Embaixada da Espanha

Exigindo ações das autoridades, frases de ordem como “La Liga dos racistas, não passarão!” conduziram o ato em Brasília em apoio ao jogador de futebol do Real Madri, Vinicius Júnior. Realizada na tarde desta quinta-feira (25), em frente a Embaixada da Espanha, a manifestação reuniu coletivos, torcidas antifascistas, organizações do movimento negro do Distrito Federal.

Realizado no Dia Mundial da África, a manifestação exigiu justiça pelos casos de racismo contra o jogador Vini Jr. e reagiu frente aos dados crescentes de violência racial em diversos âmbitos da sociedade brasileira e mundial.

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“Aqueles que torcem pelo racismo já não o fazem às escondidas. Estão nos estádios, na mídia, no braço armado do Estado e no racismo recreativo, hipocritamente defendido como liberdade de expressão, utilizada para reverberar discursos de ódio e naturalizar a nossa desumanização”, aponta trecho do manifesto Cartão Vermelho Contra o Racismo, que foi lido coletivamente durante o ato.

O episódio contra Vinicius ocorreu no domingo (21), em jogo do Real Madrid, pelo campeonato espanhol. Em partida contra o Valencia, ele foi chamado de “mono” (“macaco”, em espanhol) por boa parte da torcida adversária. O coro racista foi pelo menos o décimo episódio de violência racial e ódio contra o jogador de 22 anos, desde 2021.

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“Como ela se sente vendo o filho trabalhar e, durante três meses as torcidas praticando preconceito e racismo?”, disse a professora, educadora social e pastora Wall Moraes, do movimento Mulheres Evangélicas do Brasil, lembrando que outros jogadores como Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos passaram pela mesma situação.

Para Bentilho Jorge da Silva, do Movimento Negros e Negras do Brasil, o ato político no Dia da África é também um momento de reflexão. “É um momento importante para a gente se organizar contra o racismo não só no Brasil, mas em todo o mundo”.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino