segunda-feira, março 10, 2025

Pai de Vitória Sousa entra na lista de suspeitos do crime em Cajamar

Polícia aponta contradições no depoimento e comportamento atípico
Vitória Sousa: garota foi encontrada brutalmente assassinada em SP. Foto: reprodução
Vitória Sousa: garota foi encontrada brutalmente assassinada em SP. Foto: reprodução

São Paulo — A Polícia Civil incluiu Carlos Alberto Souza, pai de Vitória Regina de Sousa, entre os suspeitos do assassinato da jovem de 17 anos. A decisão foi tomada após a identificação de contradições em seu depoimento e um comportamento considerado incomum. Fontes ligadas à investigação confirmaram que os mesmos critérios aplicados aos demais suspeitos foram usados para incluí-lo na apuração do caso.

A polícia destacou que Carlos fez um pedido incomum logo após a confirmação da morte da filha. Ele solicitou um terreno ao prefeito de Cajamar, o que despertou questionamentos entre os investigadores. Além disso, a polícia aponta uma possível omissão de informações sobre seu relacionamento com a vítima.

Contradições e mudança no rumo da investigação

O comportamento de Carlos também chamou a atenção dos investigadores. Ele demonstrou frieza ao falar sobre a morte da filha e não demonstrou emoção em seus relatos. Registros telefônicos revelaram que ele ligou diversas vezes para Vitória no dia do desaparecimento, mas omitiu essa informação inicialmente. Portanto, a polícia considera essa omissão um fator relevante na investigação.

O advogado de Carlos, Fabio Costa, classificou a inclusão do cliente como suspeito como “absurda” e afirmou que tentaria reverter a decisão nos próximos dias. Segundo ele, Carlos nunca prestou depoimento formal e a decisão da polícia carece de fundamentos.

Prisão de Maicol Sales e novas testemunhas

A polícia também investiga Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, primeiro suspeito preso no caso. A Justiça determinou sua prisão preventiva após a polícia encontrar contradições em seu depoimento e novas evidências ligadas ao crime. Ele é dono do Toyota Corolla que perseguiu Vitória minutos antes de seu desaparecimento em 27 de fevereiro.

Maicol alegou que estava em casa com a esposa no momento do crime. No entanto, a mulher negou essa versão, afirmando que passou a noite na casa da mãe e só encontrou o marido no dia seguinte. Outros vizinhos disseram que o carro dele, normalmente estacionado em frente à casa, não estava lá naquela noite.

Diante das inconsistências, a Justiça decretou sua prisão temporária por 30 dias. Agora, a polícia planeja ouvir novas testemunhas para esclarecer os papéis de cada envolvido e confirmar ou descartar suspeitas.


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Entenda o caso: investigação do assassinato de Vitória Sousa

  • Carlos Alberto Souza, pai da vítima, entrou na lista de suspeitos.
  • Contradições no depoimento e frieza levantaram suspeitas.
  • Pedido de terreno ao prefeito causou estranhamento.
  • Ligou para a filha no dia do crime, mas omitiu esse fato.
  • Maicol Sales foi preso e apontado como primeiro suspeito.
  • Carro de Maicol teria seguido a vítima antes do desaparecimento.
  • Justiça decretou prisão temporária de 30 dias para Maicol.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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