Atualizado: 29/11/2025 às 18:14
O jornalista Paulo Soares, conhecido como “Amigão”, morreu nesta segunda-feira (29), aos 63 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada por amigos nas redes sociais. A causa da morte não foi divulgada. O velório acontece hoje, das 13h às 17h, no Funeral Home, na Rua São Carlos do Pinhal, região central da capital paulista.
Trajetória de Paulo Soares no jornalismo esportivo
Considerado um dos maiores nomes da comunicação esportiva, Paulo Soares marcou época na ESPN Brasil, especialmente no comando do SportsCenter. Ao lado de Antero Greco, morto em maio de 2024 vítima de um tumor cerebral, construiu uma das duplas mais queridas da TV esportiva, com estilo descontraído e cumplicidade que conquistaram o público.
Na emissora desde os anos 1990, Amigão foi referência para gerações de profissionais e admiradores do jornalismo esportivo. Sua marca era o equilíbrio entre seriedade na apuração e leveza na apresentação, humanizando a cobertura esportiva em tempos de crescente mercantilização da mídia.
Das rádios à televisão: uma carreira sólida
Antes da televisão, Paulo Soares construiu trajetória sólida no rádio, com passagens por emissoras como Record, Globo, Bandeirantes, Estadão e Gazeta. Na TV, trabalhou na Gazeta, Record, Cultura, TVA Esportes e SBT, até consolidar sua carreira na ESPN.
Sua morte representa a perda de um profissional que personificava a credibilidade jornalística em um ambiente cada vez mais dominado por interesses comerciais e pressões políticas. A lembrança de Amigão reforça a importância da independência editorial no jornalismo esportivo, que deve priorizar informação de qualidade em vez de espetáculo vazio.
Repercussão e homenagens
Colegas e amigos expressaram pesar pela morte de Paulo Soares. O apresentador Alex Tseng, da ESPN, escreveu: “Descanse, Paulo. Você lutou bravamente. Ficam as lembranças, longas conversas, risadas… Gratidão por tudo nesses quase 40 anos de amizade”.
Nas redes sociais, fãs destacaram não apenas o talento do comunicador, mas também sua generosidade e a capacidade de transmitir emoção sem abrir mão da ética jornalística.
