Washington – São Paulo – O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto classificando cartéis de drogas e organizações criminosas transnacionais como “narcoterroristas”. A medida pode afetar o Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do Brasil.
Embora o PCC não tenha sido citado nominalmente, o decreto prevê uma lista aberta de organizações. Portanto, a facção brasileira pode ser incluída posteriormente devido às suas conexões internacionais, como a aliança com o Tren de Aragua da Venezuela.
Impactos da nova classificação
A iniciativa de Trump visa intensificar a fiscalização sobre indivíduos e empresas ligados a grupos narcoterroristas. Contudo, as consequências podem ser amplas:
- Restrição de vistos
- Congelamento de ativos
- Embargos econômicos
- Vigilância rigorosa de transações bancárias
O procurador Vladimir Aras considera a medida uma ferramenta adicional contra o crime organizado. “É um instrumento a mais, embora não resolva o problema do narcotráfico global”, afirmou.
PCC na mira dos EUA
Em março de 2024, o Departamento do Tesouro dos EUA já havia aplicado sanções contra um membro do PCC por lavagem de dinheiro. A facção foi descrita como “a organização criminosa mais notória do Brasil”.Enfim, as conexões do PCC com grupos internacionais, como o Tren de Aragua, reforçam sua relevância no cenário do crime organizado transnacional.
Desafios legais no Brasil
A legislação brasileira atual limita a definição de terrorismo a atos motivados por xenofobia ou discriminação. Para Aras, seria necessário reformular a lei para incluir facções como o PCC nessa classificação.”O PCC não faz terrorismo para fins raciais ou religiosos, mas para subjugar o Estado”, explicou o procurador.
Entenda o caso: Decreto de Trump e o impacto no crime organizado
- Trump classifica cartéis e organizações criminosas como “narcoterroristas”
- Medida visa intensificar combate ao crime organizado transnacional
- PCC pode ser incluído na lista devido às suas conexões internacionais
- Decreto permite aplicação de sanções financeiras e restrições de viagem
- Legislação brasileira atual não classifica facções como grupos terroristas
- Medida reflete discurso de Trump sobre segurança e imigração