Crime

PCC retoma “Segunda sem Lei” para eliminar rivais em penitenciárias

Prática ressuscitada causa preocupação entre autoridades penitenciárias

Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê. Foto: Reprodução
Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê. Foto: Reprodução

São Paulo – O Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do Brasil, retomou a prática da “Segunda sem Lei”, um dia específico da semana utilizado para assassinar rivais dentro de grandes penitenciárias e centros de detenção em São Paulo. A prática, que havia sido suspensa em 2003, voltou a ser relatada por agentes penitenciários, conforme informações da coluna de Josmar Jozino no UOL.

Resumo da Notícia

  • PCC retoma a prática da “Segunda sem Lei”.
  • Prática havia sido suspensa em 2003.
  • Relatos de assassinatos recentes em penitenciárias.
  • A falta de comando na facção e o isolamento de líderes em presídios federais são apontados como fatores.

O que aconteceu?

Retomada da “Segunda sem Lei”

Agentes penitenciários têm relatado que o PCC retomou recentemente a prática da “Segunda sem Lei”, um dia dedicado a assassinar rivais dentro das prisões. A prática, que foi comum no início dos anos 2000, havia sido suspensa em 2003 após a exclusão dos fundadores da facção. Contudo, recentes eventos indicam um retorno a essa prática.

Isolamento da Cúpula do PCC

O ressurgimento da “Segunda sem Lei” ocorre em um contexto de isolamento da cúpula do PCC em presídios federais, o que tem causado uma falta de comando da liderança da facção em cadeias superlotadas de São Paulo. Essa situação criou um vácuo de poder, permitindo que práticas antigas fossem retomadas.

Assassinatos Recentes

Dois casos recentes destacam a retomada dessa prática. Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o , foram mortos em uma segunda-feira, dia 17 de junho. Ambos foram presos por planejar um atentado contra o senador Sergio Moro (União-PR) e foram assassinados a mando da cúpula do PCC, conforme relatos de agentes penitenciários.

Histórico da Prática

Casos como os de Nefo e Rê eram comuns nas antigas Casa de Detenção e Penitenciária do Estado, localizadas no bairro do Carandiru em São Paulo. Tradicionalmente, as cobranças, acertos e julgamentos dentro da facção ocorriam no fim de semana, com a pena sendo aplicada na segunda-feira. No caso recente, o recado para matar Nefo e Rê chegou na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, um forte reduto do PCC, nos dias anteriores aos assassinatos.

Impacto e Repercussão

A retomada da “Segunda sem Lei” gera preocupações entre autoridades penitenciárias e especialistas em segurança. A prática evidencia a dificuldade de controlar e desmantelar as operações internas do PCC dentro das prisões, apesar do isolamento de seus líderes em presídios federais.

Medidas de Contenção

Autoridades penitenciárias estão revisando protocolos de segurança para evitar que a prática da “Segunda sem Lei” se torne novamente uma rotina. Além disso, investigações estão em andamento para identificar os responsáveis pelos assassinatos recentes e evitar novos incidentes.

Declarações das Autoridades

Autoridades penitenciárias destacaram a importância de medidas preventivas e a cooperação entre estados para conter a influência do PCC dentro das prisões. “Estamos trabalhando para reforçar a segurança e monitorar as atividades da facção para evitar novos episódios de violência”, afirmou um representante da administração penitenciária.

Conclusão

A retomada da “Segunda sem Lei” pelo PCC ressalta a complexidade e a persistência dos desafios enfrentados pelas autoridades penitenciárias na contenção da violência e do controle das facções dentro das prisões. A cooperação interinstitucional e o reforço das medidas de segurança são essenciais para prevenir novos episódios de violência e garantir a segurança dentro dos estabelecimentos prisionais.