Olho no Clima

Primavera no Brasil será chuvosa, com temperaturas mais amenas que no ano passado mas ainda quente

Os meses de outubro a dezembro vão trazer mais chuva do que no ano passado para as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, o que é uma ótima notícia, considerando a questão dos incêndios florestais generalizados

Primavera no Brasil será chuvosa, com temperaturas mais amenas que no ano passado mas ainda quente
Foto: Reprodução

De acordo com a previsão fornecida pelos meteorologistas da Meteum, solução meteorológica e climática baseada em IA, a primavera no Brasil trará temperaturas mais amenas e mais chuvas do que no ano passado, mas ainda será quente e seca em relação à norma climática.

Hello Bet
Hello Bet

Nesta primavera, o clima do país vai refletir mais uma vez a influência das mudanças climáticas globais. A anomalia positiva de temperatura será significativa em Brasília, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus, Goiânia, Belém, São Luís e Campo Grande. Em todas as outras cidades, também é esperado um clima mais quente em comparação com a média de longo prazo, especialmente em outubro e novembro. Entretanto, felizmente, as temperaturas serão mais baixas em quase todos os lugares em comparação com o calor anormal de 2023, sem previsão de novos recordes de temperatura.

A situação de precipitação é mais complexa. Por um lado, o padrão de chuvas voltará à norma climática na maioria dos estados. As exceções são o estado do Pará e a região Nordeste, incluindo Recife, Salvador, São Luís, Belém e Fortaleza. As secas poderão ser particularmente severas em Fortaleza e Recife, podendo atingir uma precipitação mínima registrada nos últimos 30 anos, em cerca de 80 mm.

Por outro lado, em comparação com o ano extremamente seco de 2023, esta primavera será visivelmente mais úmida em grande parte do Brasil. A precipitação no Rio de Janeiro aumentará 1,5 vez em Manaus; duas vezes em Goiânia e Belo Horizonte; e 2,5 vezes em Campo Grande. Os próximos três meses também serão mais úmidos em São Paulo e Brasília.


LEIA TAMBÉM

De modo geral, os meses de outubro a dezembro vão trazer mais chuva do que no ano passado para as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, o que é uma ótima notícia, considerando a questão dos incêndios florestais generalizados. É interessante notar que a região Sul também verá o retorno das chuvas à norma climática em todos os estados. No entanto, em comparação com a primavera anormal de 2023, haverá significativamente menos chuva em Curitiba (Paraná) e Porto Alegre (Rio Grande do Sul), em 1,3 e 1,6 vezes, respectivamente.

No final de setembro, é provável que chova em São Paulo, Recife, Salvador, Campo Grande, Curitiba e Porto Alegre. Em outras cidades, espera-se tempo claro, como em Fortaleza e São Luís, ou céu parcialmente nublado. As máximas mais baixas durante o dia estão previstas para Porto Alegre (17°C-21°C), Curitiba (20°C-26°C), Salvador (24°C-28°C), Recife (26°C-29°C) e Rio de Janeiro (24°C-31°C). As temperaturas mais altas são esperadas em Belém (33°C-38°C), Goiânia (36°C-39°C), Campo Grande (36°C-40°C) e Manaus (37°C-42°C).

Em outubro, espera-se um clima mais quente e seco em comparação com a norma climática. No entanto, será mais frio e chuvoso em muitos estados do Centro-Oeste e do Norte em comparação com 2023.

Uma queda significativa nas temperaturas médias mensais e um aumento na precipitação na Região Amazônica, Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia são previstos. Em Manaus, espera-se que a precipitação seja 3,5 vezes maior do que no ano passado (150 mm); em Campo Grande, duas vezes maior (130 mm), em Goiânia, Belém e Salvador, 1,5 vez maior (100 mm, 25 mm e 45 mm, respectivamente). Enquanto isso, condições mais secas são esperadas em Recife, Fortaleza e nas regiões Sul e Sudeste. Por exemplo, espera-se que São Paulo e Rio de Janeiro recebam 1,5 vez menos chuvas – cerca de 140 mm e 110 mm, respectivamente. Curitiba receberá duas vezes menos (cerca de 170 mm).

Em novembro, a situação permanecerá semelhante, mas a notável queda nas temperaturas afetará não apenas a Região Amazônica, Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas também Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Em Belo Horizonte, espera-se 3,5 vezes mais chuva em comparação com o ano passado (185 mm); em Goiânia e Campo Grande, três vezes mais (195 mm e 155 mm); e em São Luís, duas vezes mais (30 mm). Em Belém e Manaus, espera-se 1,5 vez mais chuva (45 mm e 195 mm). Prevê-se uma redução significativa das chuvas nos estados do Rio Grande do Sul e Ceará: até 120 mm em Porto Alegre (três vezes menos) e até 10 mm em Fortaleza (duas vezes menos).

Dezembro será seco e quente na região Nordeste. Em Fortaleza, Recife e Salvador, espera-se que a precipitação seja a metade do que foi no ano passado (28 mm, 28 mm e 33 mm, respectivamente). Entretanto, em vários estados da Amazônia, na região Centro-Oeste e nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e no leste do Paraná, o último mês antes do Natal será frio e chuvoso. Espera-se que a precipitação em Curitiba e São Paulo seja 2,5 vezes maior do que em 2023 (165 mm e 195 mm), no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Campo Grande; duas vezes maior (200 mm, 265 mm e 205 mm); e em Manaus e Goiânia 1,5 vez maior (310 mm e 225 mm).

Sobre a Meteum

A Meteum é uma solução meteorológica e climática baseada em IA que fornece previsões hiperlocais e dados confiáveis para uso pessoal e profissional. Com a confiança de 86 milhões de usuários, a Meteum oferece suporte a indivíduos e empresas com os insights meteorológicos de que precisam. Esses insights ajudam as empresas a se adaptarem ao clima em constante mudança e a minimizarem os riscos operacionais causados pelo clima.