O corpo de Carlos de Souza Pedrosa, 58 anos, foi encontrado dentro de um freezer, em Tangará da Serra, a 860 quilômetros de Campo Grande. Ele estava desaparecido desde o dia 6 de agosto e foi localizado na segunda-feira (26), conforme informado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo o delegado, Adil Pinheiro, os policiais foram informados sobre o paradeiro de objetivos que poderiam ser do professor. Em declaração ao jornal Diário da Serra, ele disse que o principal suspeito assumiu o crime.
“Fomos então até essa residência e lá a dona da casa disse que seu sobrinho havia deixado ali esses objetos”, declarou o titular da DHPP. “Fomos atrás dele que tem 19 anos de idade e, de imediato, confessou que havia matado esse senhor”, resumiu.
O autor – conhecido como “Neurose” – informou aos policiais que ele e outro rapaz, também de 19 anos, moravam temporariamente na casa do professor. Entretanto, a dupla costumava consumir substâncias entorpecentes no local o que chegou a gerar desgastes com a vítima. “Eram usuários de drogas. Saíam, voltavam e sempre estavam ali abusando da bondade do senhor”, resumiu o delegado.
Durante a investigação, foi apurado que Carlos tinha planos de vender sua propriedade e se mudar de Tangará da Serra. Com receio de ficarem sem ter onde morar, os criminosos decidiram matar o professor e se apropriar de seus pertences.
O dia do crime
O boletim de ocorrência foi registrado no dia 7, quando a irmã de Carlos notou o seu desaparecimento. Contudo, os indícios levam a crer que ele foi morto no dia 5. “Nesse mesmo dia eles gastaram nos cartões da vítima e foram autuados por furto, mas como não tínhamos o boletim de desaparecimento, eles foram autuados e liberados pela polícia”, finalizou o responsável pela investigação.
Suspeito de ser o mentor do crime, “Neurose” permanece preso enquanto a polícia segue nas buscas pelo outro autor. Antes da morte do professor, os dois já tinham antecedentes criminais.