Falta de Provas

TRF-1 retira acusação contra réu pela morte de Bruno Pereira e Dom Phillips

Oseney da Costa de Oliveira deve ser solto após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que derrubou sua acusação no caso do assassinato do indigenista e do jornalista

TRF1 retira acusação contra um dos réus pela morte de Bruno e Dom
TRF1 retira acusação contra um dos réus pela morte de Bruno e Dom - Foto: Ascom

Brasília – O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decidiu nesta terça-feira, 17 de setembro, retirar a acusação contra Oseney da Costa de Oliveira, um dos três réus no caso do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. O crime ocorreu em 2022, na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Com a decisão, Oseney deve ser solto nos próximos dias.


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Resumo da Notícia

  • Oseney da Costa de Oliveira terá a acusação retirada e deve ser solto.
  • O TRF-1 considerou que não há provas suficientes que o colocam na cena do crime.
  • Amarildo da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima continuarão sendo julgados por homicídio e ocultação de cadáver.
  • A decisão foi tomada pela Quarta Turma do TRF-1 e segue o voto do relator, Marcos Augusto de Sousa.

Decisão do TRF-1 e liberação de Oseney

O desembargador Marcos Augusto de Sousa, relator do caso, afirmou que não existem provas que liguem diretamente Oseney aos homicídios de Bruno Pereira e Dom Phillips, sendo o réu apenas próximo ao local do crime. O entendimento do tribunal foi de que Oseney estava nas proximidades, mas não participou ativamente dos assassinatos, o que levou à decisão de soltura.


Manutenção das acusações contra outros réus

Enquanto a acusação contra Oseney foi retirada, os réus Amarildo da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima continuarão sendo julgados pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Segundo o desembargador, há provas de materialidade que sustentam as acusações contra esses dois réus.


Contexto do caso Bruno e Dom

Bruno Pereira e Dom Phillips foram assassinados em 5 de junho de 2022, após serem emboscados enquanto viajavam de barco na região do Vale do Javari, no Amazonas. A dupla foi vista pela última vez se deslocando da comunidade São Rafael para Atalaia do Norte, onde se reuniriam com lideranças indígenas e de comunidades ribeirinhas. Seus corpos foram encontrados dez dias depois, enterrados em uma área de mata fechada.


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Bruno Pereira, que havia trabalhado na Funai e estava vinculado à Univaja, recebia ameaças por sua atuação em defesa dos povos indígenas. Dom Phillips, colaborador do jornal britânico The Guardian, era conhecido por sua cobertura ambiental e estava escrevendo um livro sobre a Amazônia.


Perguntas Frequentes sobre o caso Bruno e Dom

Por que Oseney da Costa de Oliveira será solto?
A Justiça Federal decidiu que não há provas suficientes para associar Oseney diretamente aos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Quem ainda será julgado pelo crime?
Amarildo da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima continuarão respondendo pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.

O que motivou o assassinato de Bruno e Dom?
Ambos foram assassinados após receberem ameaças por seu trabalho na região do Vale do Javari, onde atuavam em defesa dos povos indígenas e contra crimes ambientais.

Onde os corpos de Bruno e Dom foram encontrados?
Os corpos foram encontrados enterrados em uma área de mata fechada, a cerca de 3 quilômetros do Rio Itacoaí, no Amazonas.