Capital paulista oferece postos volantes para vacinação antirrábica

A Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) disponibilizará, no período de setembro a dezembro, dois postos volantes para vacinação de cães e gatos contra a raiva. A vacina antirrábica é a única forma de prevenir a doença e manter os animais de estimação saudáveis. A dose é única e deve ser aplicada a partir dos 3 meses de idade.

Animais com diarreias, em tratamento ou convalescendo de cirurgias devem aguardar a recuperação para receber a vacina.

A prefeitura oferece a vacina antirrábica durante o ano inteiro em 16 postos espalhados pela cidade. “É importante que a população se dirija a um posto e vacine seu animal de estimação, pois a imunização é fundamental para o controle da doença e bem-estar da população e dos pets”, disse o médico veterinário do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Thiago Kenji Matsuo.

Os animais que serão vacinados devem ser conduzidos por pessoas capacitadas para seu manejo. Os cães bravos ou mordedores, de qualquer raça, devem usar focinheiras apropriadas. Os felinos devem ser transportados em caixas para esse fim e em segurança. Após a vacinação, o tutor deve oferecer água e alimentação, normalmente, ao animal.

As unidades de vigilância em saúde localizadas nos bairros Ipiranga e Penha disponibilizarão dois espaços de vacinação em vias públicas: na Avenida Nazaré, altura do nº 301, próximo ao posto de bombeiros do Ipiranga, nos dias 1º e 15 de setembro, 6 e 20 de outubro, 3 e 17 de novembro e 1º e 15 de dezembro, das 9h às 14h30; e na subprefeitura da Penha, acesso pela Rua Mandu, 451, às quartas-feiras, exceto em feriados, das 9h30 às 16h.

A lista de postos de vacinação pode ser consultada na internet.

De acordo com o Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV), apesar de estar controlada no Brasil, a raiva ainda é uma preocupação mundial, porque é fatal em quase 100% das vítimas e apresenta consideráveis gastos aos órgãos públicos nos tratamentos pós-exposição ao vírus.

“O cão ainda é o principal transmissor desta zoonose no mundo. Entretanto, de acordo com a Coordenadoria de Planejamento de Saúde, no estado de São Paulo, o último caso de raiva relacionado a cães aconteceu em 1998 e, desde então, todos os registros em humanos no estado estão relacionados à transmissão por morcegos” diz o conselho.

Segundo o CRMV, por ano, são registrados em todo o mundo, de 50 a 70 mil casos da doença em humanos, principalmente em crianças com menos de 10 anos, As regiões mais afetadas são a África e a Ásia. “No Brasil, devido às ações de controle adotadas, atingiu-se uma boa situação de controle nas áreas urbanas, mas a raiva rural que acomete bovinos e equinos ainda é um desafio.”

O CRMV orienta os tutores a manter os pets domiciliados com controle de acesso à rua e, caso seus animais tenham contato com morcegos, é necessário procurar imediatamente orientação médico-veterinária.