Na quinta-feira (11), a Tesla desenvolveu uma nova tecnologia de inteligência artificial (IA) que promete acelerar a produção de veículos autônomos, mas o evento também expôs falhas críticas no software de direção autônoma da empresa, segundo especialistas consultados pela Reuters.
Em uma tentativa de se destacar no mercado, a montadora apresentou um robotáxi sem pedais e volante, além de uma robovan com capacidade para até 20 pessoas.
Apesar do entusiasmo gerado pelo lançamento, os críticos expressaram preocupações com a nova tecnologia. O sistema de direção autônoma, que opera com um modelo de IA de ponta a ponta, é considerado uma “caixa-preta” que dificulta a identificação de falhas ou acidentes.
De acordo com os profissionais, a ausência de etapas intermediárias que exigem engenharia ou programação adicional torna o sistema vulnerável a erros. Como resultado, a Tesla pode enfrentar dificuldades em garantir a segurança dos veículos e de seus ocupantes.
Concorrentes como Zoox, da Amazon, Waymo e Cruise, da General Motors, também utilizam modelos semelhantes ao da Tesla, mas incorporam sensores mais sofisticados e sistemas redundantes para aumentar a segurança e facilitar a aprovação regulatória. Um investidor da Tesla ressaltou que o recurso de assistência ao motorista denominado “Full Self-Driving” ainda não pode ser operado com segurança sem a supervisão de um motorista humano atento.
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“Ele [Elon Musk] mostrou os protótipos e definitivamente há alguma empolgação em torno disso”, afirmou Ramesh Poola. No entanto, a adoção em larga escala dos robotáxis autônomos ainda está prevista para “talvez a três ou quatro anos de distância”.
Durante o mesmo evento, Elon Musk revelou planos para operar uma frota de táxis Tesla autônomos, que poderão ser solicitados pelos usuários através de um aplicativo.
Embora os detalhes sobre esse serviço ainda não tenham sido divulgados, há expectativa de que a empresa lance uma versão não supervisionada de seu sistema de direção autônoma completo no Texas e na Califórnia no próximo ano. Os mais otimistas acreditam que os robotáxis também estarão em circulação em breve.