A literatura e seu poder de se transformar para se manter sempre viva

Graças ao seu poder de inspirar e nutrir a mente humana, a literatura foi adaptada a várias mídias ao longo do tempo, alcançando novos e diversos públicos a cada geração.

O teatro como pilar das adaptações literárias ao longo da história

Ao longo do tempo, o teatro tem sido um dos representantes máximos das adaptações literárias. Isso ocorre porque, muito antes da existência da Internet, da televisão e do cinema, as obras literárias foram adaptadas ao teatro para que o mundo pudesse ver e ouvir as palavras dos escritores.

Hoje, é possível encontrar exemplos disso nos teatros cariocas, como demonstra a peça Riobaldo, uma adaptação do livro Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Nesse monólogo, o ator Amir Haddad interpreta Riobaldo, um homem que, ao entrar no último estágio de sua vida, começa a refletir sobre as questões existenciais e os conflitos universais que o cercaram ao longo dos anos.



Já o ator Thelmo Fernandes se encarregou recentemente da obra Diário do farol – Uma peça sobre a maldade, adaptação do livro homônimo de João Ubaldo Ribeiro. Nesta peça, cujo foco é o mal que um ser humano pode cometer, o protagonista reflete sobre a beleza que ele percebe em atos de vilania e sobre como uma pessoa com preferências por esse tipo de ações pode se encontrar muito mais perto do que poderíamos pensar.

Da literatura à mídia digital

Graças aos avanços tecnológicos da atualidade, também é possível encontrar adaptações literárias em vários contextos digitais. Um exemplo disso é a série The Witcher, disponível na Netflix e estrelada pelo ator Henry Cavill. A série tem suas origens na obra literária escrita pelo polonês Andrzej Sapkowski. Um fato interessante é que a fantástica história do caçador de monstros presente no enredo já havia sido adaptada ao mundo dos videogames com uma franquia de sucesso produzida pela CD Projekt RED e também chamada de The Witcher.

Assim como The Witcher saltou do mundo literário para o cinematográfico, algumas histórias da literatura também se tornaram fonte de inspiração para outros tipos de produtos da indústria do entretenimento. Exemplos disso aparecem na no site Betway caça-níqueis online, na qual jogos como Immortal Romance, inspirado nas histórias de vampiros da saga literária Crepúsculo, da escritora Stephenie Meyer, ganham vida. Jurassic Park, inspirado no famoso filme de mesmo nome, nascido da criação literária do autor Michael Crichton, é outro caça-níquel disponível na mencionada plataforma que tem como origem os livros. Um outro exemplo a ser mencionado nesse sentido é o da escritora russo-americana Ayn Rand e sua disciplina filosófica chamada Objetivismo, que viraram a principal fonte de inspiração para o bem-sucedido game BioShock, inspirado nos livros A Revolta de Atlas e A Nascente, nos quais a autora detalha sua filosofia, que está enfocada na razão e na felicidade do homem como o objetivo moral de sua própria vida.

Um ponto interessante sobre a riqueza do mundo literário é que os quadrinhos também fazem parte dele e conseguiram transcender as páginas para se transformarem em adaptações bem-sucedidas na cultura popular. Um exemplo disso é a HQ The Walking Dead, criada por Robert Kirkman há 16 anos e que acaba de chegar ao fim no mundo literário. Vale ressaltar que a série de televisão inspirada nessa história em quadrinhos continua criando spin-offs e, ao longo dos anos, sofreu várias adaptações em termos de histórias e personagens.

Literatura, cinema e infinitas possibilidades

As criações literárias encontraram no cinema um dos meios mais populares para dar vida às palavras. Nesse contexto, o escritor americano Stephen King é o autor mais adaptado ao mundo cinematográfico nas últimas décadas, pois, histórias como It — A coisa, O Iluminado ou Carrie encheram de terror e suspense as telas de cinema de todo o mundo.

Assim como Stephen King, escritores como Charles Dickens, Boris Pasternak, Bram Stoker ou JRR Tolkien também se destacam, visto que suas histórias Grandes Esperanças, Doutor Jivago, Drácula e O Senhor dos Anéis, respectivamente, conquistaram um lugar entre as melhores adaptações de livros da história do cinema até agora.

A literatura tem inúmeras possibilidades para inspirar pessoas e abrange áreas tão variadas quanto a música. Um exemplo disso é o livro Rock in Rio – Arte de Sonhar e Fazer Acontecer, no qual os autores Arthur Igreja e Allan Costa vão além da música e mostram aos leitores um ponto de vista diferente que fala sobre os negócios que existem num festival tão grande quanto o Rock in Rio.

A literatura sempre foi um meio para os seres humanos manterem um registro de suas experiências, sonhos e vivências. Apesar da passagem do tempo, as criações literárias conseguiram se transformar em filmes, videogames, peças de teatro e séries de televisão, dando nova vida às palavras de seus autores e descobrindo mundos para além do papel.