“NUANG - Caminhos da liberdade” estreia no Sesi Jacarepaguá 

esa, no Rio, o infantojuvenil “NUANG - Caminhos da liberdade”, estreia neste mês de maio nos SESIs no Rio de Janeiro.

Após sucesso nas temporadas em Angola, Niterói e Santa Teresa, no Rio, o infantojuvenil “NUANG – Caminhos da liberdade”, estreia neste mês de maio nos SESIs no Rio de Janeiro. No sábado (7), às 16h e domingo (8), às 11h, será a vez do Teatro Firjan SESI Jacarepaguá.

O espetáculo conta a história de uma menina africana aguerrida nascida no Reino de Uthando, e que reconhece os seus valores apesar do racismo. 

O elenco da peça também entra em cena nos dias 28 às 16h, e 29 às 11h, no SESI Caxias. “Queremos chegar ao máximo de pessoas possível. ‘NUANG’ é uma história que fala sobre trajetórias, encontros e cruzamentos, então  a gente quer descentralizar as apresentações e poder abraçar as pessoas de todos os lugares do Rio e fora dele”, ressaltou a diretora Tatiana Henrique.

De vento em popa, após atrair um público expressivo na cidade maravilhosa, Tatiana está otimista para as próximas apresentações. “As nossas histórias podem ocupar todos os espaços, estar nos ouvidos de várias crianças e pessoas. Nós queremos encontros. A gente quer encontrar a população de todos os lugares”, afirma.

Responsável com o seu povo e carregando consigo os ensinamentos de sua comunidade, mesmo em meio às violências vivenciadas, Nuang não foge da luta quando o assunto é combater o racismo. Neste sentido, no palco há uma estética africana e afro-brasileira das máscaras, musicalidade e narrativas, que se misturam à vida da menina. Elaborado através do livro original de Janine Rodrigues, a atriz e diretora Tatiana Henrique acredita que o espetáculo reforça a importância do fortalecimento sobre ancestralidade. “Viver esse espetáculo significa dizer para as crianças de hoje, nossos ancestrais de amanhã, tudo aquilo que eu queria ter reconhecido quando criança, mas ninguém tinha como me contar, porque os nossos mais velhos tinham sido ensinados a esquecer também”, destacou. 

Além de provocar discussões em torno de temas que ainda permeiam a sociedade de forma agressiva, como a discriminação racial e intolerância religiosa, “NUANG – caminhos da liberdade” fortalece a urgência da aceitação e do amor a si mesmo. De forma lúdica, porém, cirúrgica, o espetáculo enfatiza a necessidade do olhar cuidadoso que o negro deve ter sobre si, seu povo e sua história.  

De acordo com Tatiana, se engana quem enxerga Nuang como uma menina escravizada. Muito pelo contrário, ela, tão jovem, mostra o espírito de liberdade que habita em seu ser, apesar dos desafios impostos em sua trajetória. “Mesmo com os obstáculos do tempo histórico que a cerca, ela relembra a beleza de sua existência, de onde ela veio, do pertencimento. Nuang é a história de uma menina livre, totalmente consciente de quem ela é. É uma história de amor à cultura, a si mesma, de amor aos seus valores e beleza que ela carrega”, pontuou a diretora. 

Após apresentações no 16º Festival Internacional de Teatro do Cazenga (FESTECA), em Luanda, na Angola; no Teatro Ruth de Souza, no Museu do Pontal, no Teatro da UFF, em Niterói, “NUANG – Caminhos da liberdade” sobe ao palco nos dias 7 e 8 de maio, no SESI Jacarepaguá, e 28 e 29, no SESI Caxias.  

Serviço

Gênero: Narrativo infantojuvenil

Duração: 60 minutos

Classificação: Livre

SESI Jacarepaguá 

Dias: 7 de maio, às 16h, e 8 de maio, às 11h

Endereço: Av. Geremário Dantas, 342 – Jacarepaguá, Rio de Janeiro

Ingressos: R$20,00, inteira; R$10,00, meia-entrada

Ficha técnica:

Livro original de Janine Rodrigues

Atuação: Hebert Said, João Pedro Zabeti, Samara Costa e Tatiana Henrique

Concepção, direção e texto adaptado: Tatiana Henrique

Figurino e Cenografia: Carla Costa

Assistência de figurino: Cássia Salles

Máscaras: Rodrigo Sangodaré

Direção Musical: Lwiza Gannibal

Preparação vocal: Lilian Valeska

Composições: Lwiza Gannibal e Tatiana Henrique

Iluminação e Operação de luz: Thayssa Carvalho

Tradução em LIBRAS: JDL Traduções

Arte “Nuang”: Lukas Stonem

Assessoria de Imprensa: Laís Monteiro/Monteiro Assessoria

Apoios: Centro de Teatro do Oprimido, Goethe Institut, JDL traduções, Movimento Moleque, Piraporiando

Realização: Obalufônica e Humus

Patrocínio: Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro