Chile realizará em novembro 1ª parada do orgulho LGBTQ+ após a pandemia

O Chile realizará no dia 13 de novembro a sua primeira parada do orgulho LGBTQ+ desde o início da pandemia de covid-19, já controlada no país, e em pleno debate no Parlamento de um projeto que busca aprovar o casamento igualitário.

Santiago (Chile), 8 out (EFE).- O Chile realizará no dia 13 de novembro a sua primeira parada do orgulho LGBTQ+ desde o início da pandemia de covid-19, já controlada no país, e em pleno debate no Parlamento de um projeto que busca aprovar o casamento igualitário.

A manifestação ocorrerá na Plaza Italia, o epicentro dos grandes protestos feitos no Chile no final de 2019 e que conduziram ao atual processo de Assembleia Constituinte sem precedentes.

“Este será um momento único, pois depois da última marcha que desenvolvemos, em junho de 2019, o país passou por mudanças radicais”, acrescentou o porta-voz do Movimento para a Integração e Libertação Homossexual (Movilh), Oscar Rementería.

A porta-voz do Movilh, Daniela Andrade, disse que entre as exigências do evento estão “a não discriminação, o fim dos crimes de ódio, a exigência da reforma da Lei Zamudio, a igualdade matrimonial e a revogação do artigo 365 do Código Penal”.

“Procuramos acelerar este debate e a aprovação destas normas”, acrescentou.

O Senado do Chile aprovou em 21 de julho o projeto de lei para legalizar o casamento igualitário, que ainda tem de passar por outra votação na Câmara dos Deputados nas próximas semanas para entrar em vigor.

Nos últimos anos, esta lei se tornou uma das maiores lutas dos grupos LGBTQ+ no Chile, onde os homossexuais só podem se unir desde 2015 devido ao Acordo da União Civil (AUC), que não reconhece direitos filiativos.

Se aprovada nas próximas semanas na Câmara de Deputados, onde se espera que tenha uma maioria de apoio, o Chile se juntará na América Latina a Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai, Equador, Costa Rica e vários estados mexicanos.

A iniciativa, apresentada no final do segundo mandato da ex-presidente Michelle Bachelet (2014-2018) e paralisada por mais de quatro anos, foi retomada a 15 de junho a pedido do próprio Piñera.

De acordo com uma recente pesquisa do instituto Ipsos, 65% dos chilenos acreditam que o casamento homossexual deve ser permitido, o que coloca o Chile como o segundo país da América Latina com maior apoio, atrás apenas da Argentina (73%), o primeiro país da região a legalizá-lo, em 2010. EFE

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