Faperj apoia pesquisas para preservação ambiental e redução de riscos no Rio de Janeiro

iado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), o Projeto Expedições estuda condições ambientais para auxiliar as comunidades da Região Serrana na prevenção de desastres ambientais.

Financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), o Projeto Expedições estuda condições ambientais para auxiliar as comunidades da Região Serrana na prevenção de desastres ambientais. A iniciativa é coordenada por um grupo de pesquisadores do Cefet/RJ – campus Petrópolis, que criou um mapa interativo de trilhas e esteve reunido na semana passada com uma rede de resiliência que atua na serra para troca de informações e planejamentos. A Faperj é vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Criado há seis anos, o Projeto Expedições faz levantamento de todas as Unidades de Conservação (UCs) de Petrópolis, com o objetivo de demarcar limites, estruturar dados das áreas preservadas e debater o uso e a ocupação da terra em um ambiente montanhoso. A iniciativa destaca a presença dos remanescentes florestais do bioma Mata Atlântica na região.

O Projeto Expedições idealizou também um mapa das Unidades Geoambientais no município. O Rio de Janeiro possui 11 domínios e 32 unidades geológico-ambientais. Desses, seis domínios de geodiversidade e nove unidades geoambientais foram identificadas em Petrópolis. Para o auxílio e o incentivo das atividades educacionais em trilhas da região, a equipe do Cefet/RJ, que é uma instituição federal, criou um mapa interativo de trilhas e unidades de conservação, que pode ser consultado em https://bit.ly/3hUEdYY.

– Temos observado um aumento na procura por atividades em áreas naturais, algumas vezes até de forma descontrolada, o que gera inúmeras questões com as quais temos condições de refletir e, eventualmente, colaborar para uma melhor organização – ressalta Amaro Pessoa, um dos coordenadores. 

Ele ressalta que Petrópolis possui unidades de conservação municipais, estaduais e federais de diferentes categorias e tamanhos. Elas foram agrupadas em unidades de proteção integral, como a Reserva Biológica (Rebio) do Tinguá; o Parnaso; a Rebio Araras; o Refúgio da Vida Silvestre Serra da Estrela; o Monumento Natural Pedra do Elefante; o Parque Natural Municipal Padre Quinha, entre outras. Além destas, há as de uso sustentável, como a APA de Petrópolis, APA Maravilha e APA Vale Fagundes. Existem também sete reservas particulares. Todas, públicas e privadas, representam cerca de 62% da área total do município.

Importância histórica

Na década de 1930, Emérico Hungar subiu a Serra da Maria Comprida. No período colonial, a serra foi muito utilizada como marco de orientação, uma referência para os viajantes. É uma das montanhas mais impressionantes de Petrópolis, que, ainda hoje, possui duas das 20 linhas de escaladas mais extensas do Brasil: Maria Nebulosa, de 1.040 metros de comprimento, e Domínio das Sombras, com 850 metros de comprimento. 

Outro marco histórico do montanhismo foi a criação do Centro Excursionista Petropolitano, em 1958.

Em 2020, a Lei Municipal número 8.065 declarou como relevante interesse o montanhismo, a conservação, sinalização e a proteção das trilhas e vias de escaladas das montanhas em Petrópolis.

Para os amantes do montanhismo e das escaladas, o município conta com o Guia de Escaladas de Petrópolis, incluindo a descrição de 36 vias de escalada, divididas em oito setores: Quitandinha, Serra da Estrela, Itamarati, Serra dos Órgãos, Serra das Araras, Serra do Cantagalo, Secretário e Taquaril; e o Guia de Trilhas de Petrópolis, com descrição de 38 trilhas, divididas em caminhadas leves, leves-superiores, semi-pesadas, pesadas e para cachoeiras