Citada no Pandora Papers, vice-presidente da Colômbia nega atos ilegais

A vice-presidente e ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, e o diretor da Direção de Impostos e Aduanas do país, Lisandro Junco, citados no Pandora Papers, afirmaram que os negócios e movimentações financeiras documentadas foram feitas dentro da lei.

Bogotá, 4 out (EFE).- A vice-presidente e ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, e o diretor da Direção de Impostos e Aduanas do país, Lisandro Junco, citados no Pandora Papers, afirmaram nesta segunda-feira que os negócios e movimentações financeiras documentadas foram feitas dentro da lei.

De acordo com as informações divulgadas pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), Ramírez e a atual ministra do Transporte colombiana, Ángela María Orozco, “tiveram participação em um negócio nas Ilhas Virgens Britânicas, com um investidor que foi condenado por lavagem de dinheiro”.

Trata-se do colombiano Gustavo Hernández Frieri, acusado de envolvimento em um esquema que resultou na lavagem de mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões) desviados da estatal venezuelana PDVSA, que o levou a prisão, em 2018, na Itália.

O capítulo sobre a Colômbia foi analisado pelo jornal “El Espectador” e pela plataforma jornalística para as Américas “Connectas”, e faz menção à vice-presidente, à ministra e a Hernández, que foram os primeiros acionistas da companhia Global Securities Management Corporation, que foi constituída nas Ilhas Virgens Britânicas, em 2005.

“Sobre a investigação Pandora Papers, me permito informar que a companhia no exterior que é feita menção em relação ao meu nome, assim como a conversão na sociedade, foram declaradas no Banco da República (banco central da Colômbia), conforme à lei”, escreveu Ramírez, em comunicado.

As integrantes do governo, em 2018, informaram que os negócios com Hernández foram encerrados dois anos antes de que ocorressem os crimes imputados ao investidor, e seis anos antes da prisão dele, o que a vice-presidente reiterou hoje, ao dizer que a “citada companhia foi vendida em 2012”. EFE