Colocar fim no governo Bolsonaro "é uma tarefa civilizatória", diz Randolfe Rodrigues ao MST

O senador Randolfe Rodrigues (Rede- AP) participou, nesta quarta-feira (21), da Assembleia Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e falou à militância do movimento. Na fala, o vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid disse que colocar um fim no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) “é uma tarefa civilizatória”.

Randolfe disse que seremos cobrados pelas gerações futuras e pela História, e afirmou também que “a democracia no Brasil não resiste a esse mandato de Bolsonaro”. “Ir para as ruas, colocar fim nesse governo, é uma tarefa civilizatória”, afirmou.

Além disso, o senador disse que não adianta apenas pedir pelo “Fora Bolsonaro” nas próximas manifestações, mas que é preciso que ele também responda por seus crimes e pela banalização que ele fez do mal.

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“Bolsonaro é ladrão de vacina, é ladrão de dinheiro do povo. A constatação é a seguinte: enquanto os brasileiros morriam, enquanto nós estávamos com a maior média de mortes por dia, ainda no mês de março, o governo de Jair Bolsonaro não negava vacina por convicção ideológica, não era o negacionismo puro e simples, ele fazia isso por dinheiro”, disse.

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Segundo ele, a Comissão já tem elementos para confirmar que o governo de Bolsonaro transformou o Ministério da Saúde em um grande balcão de negócios. “O senhor Jair Bolsonaro não é só criminoso, ele não só orquestrou um esquema para matar brasileiros e brasileiras, mas [ele fez isso] atrás de dinheiro, para satisfazer o esquema do Centrão”, constatou.

O vice-presidente da CPI também disse que os senadores defendem que os trabalhos da Comissão sejam finalizados até setembro e que eles têm todos os elementos para provar que houve crime de responsabilidade, além de charlatanismo, prevaricação, corrupção passiva, tráfico de influência e corrupção ativa, por exemplo.

Além disso, ele afirma que o relatório da CPI também vai apontar a ocorrência de crime contra a humanidade, que levará o presidente a responder em um tribunal internacional.

Edição: Rebeca Cavalcante