Rio tem oito escolas de samba declaradas Patrimônio Cultural e Imaterial

Iniciativa tem como objetivo preservar a cultura do samba, da música e da história, bem como a divulgação do local para ensaios e visitação turística de uma das maiores festas populares do país

O samba surgiu na capital do Rio de Janeiro e se difundiu pelo estado e país graças à popularização das escolas de samba na década de 1930, reforçada com sua reprodução do gênero nas rádios. Hoje, as escolas de samba são verdadeiros tesouros da cultura popular e, no mês de abril, mais duas agremiações se tornaram patrimônio cultural de natureza imaterial. 

A Mocidade Independente de Padre Miguel e Beija-Flor de Nilópolis reforçaram o grupo das escolas que têm o reconhecimento. O objetivo é preservar a cultura do samba, da música e da história, bem como a divulgação do local para ensaios e visitação turística de uma das maiores festas populares do país.

De 2017 até hoje, oito escolas e mais as velhas guardas de todas as escolas de samba foram reconhecidas com a honraria, por publicação no diário oficial do estado, começando pela escola Flôr de Magé, seguida das escolas Chinês e Congo, ambas de São João da Barra; depois, Estação Primeira de Mangueira, Portela, Império Serrano, Beija-Flor e Mocidade Independente de Padre Miguel.  As agremiações representam três regiões turísticas do estado:  Metropolitana, Baixada Verde e Costa Verde. Já as velhas guardas de todas as escolas de samba do estado foram declaradas Patrimônio Cultural Imaterial em 2018. Seus integrantes têm a missão de transmitir a história das agremiações à nova geração, mantendo vivas as tradições do carnaval brasileiro.

Para o secretário de Turismo, Sávio Neves, a iniciativa é extremamente importante, porque a cultura popular tem, nas escolas de samba, sua autêntica manifestação. “As escolas de samba são uma expressão cultural popular ímpar, que só existe no Brasil, e a velha guarda é a guardiã desse saber, que deve ser preservado. É muito apropriado e importante esse reconhecimento”, afirmou o secretário.

Sobre patrimônio imaterial

Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).

O patrimônio imaterial é transmitido de geração a geração, constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana