Corpo, maternagem e cultura popular são temas da exposição de Cota Azevedo

“Amarrei o seu nome na boca do sapo” traz o têxtil como protagonista da mostra no Centro Cultural dos Correios

A artista visual Cota Azevedo apresenta a exposição “Amarrei o seu nome na boca do sapo” na próxima quinta-feira, dia 09 de fevereiro, às 16 horas, no Centro Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro. A mostra individual da artista, conta com a curadoria de Luana Aguiar e reúne obras que remontam a suas experiências dos últimos 8 anos como a materialidade têxtil. O fazer manual permeia o repertório de Cota, que também apresenta pinturas e e fotoperformances.

Cota Azevedo. Foto performace. Amarrei o seu nome na boca do sapo
Cota Azevedo. Foto performace. Amarrei o seu nome na boca do sapo
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Cota Azevedo nasceu no interior da Bahia e cresceu em Salvador. Suas memórias de infância remontam ao sertão baiano onde teve suas primeiras experiências com o bordado junto à avó. A poética da artista também é marcada pelas inúmeras mudanças que fez em sua vida, tendo morado em diversas cidades, de maneira a experimentar certo sentimento de exílio e não pertencimento. Além disso, a experiência de vida, da maternidade e da maternagem, sobretudo seus dilemas e conflitos, são presentes nas obras da artista: “a atividade das mulheres da minha família de tecer, bordar e costurar sobreviveu entrelaçados a minha memória e os assumo como um ato corporal criatório de reparação e resistência cultural”, afirma Cota.

O título “Amarrei o seu nome na boca do sapo” ressalta, ainda um sentido de vingança que parece emanar de suas obras. Importante lembrar que a imagem do sapo, se popularmente por um lado remete ao maldito, ao nojento e à magia de modo pejorativo, por outro, é sabido que diversas culturas o tinham como seres portadores de qualidades de proteção.

Cota Azevedo. Carne Tremula. pintura sobre linho cru.
Cota Azevedo. Carne Tremula. pintura sobre linho cru.

A curadora da exposição revela que Cota Azevedo “assume sua herança sagrada, e adiciona, ainda camadas de fabulação junto às suas investigações sobre a visceralidade do corpo”.  A exposição apresentará, portanto, um conjunto de obras que tratam das experimentações da artista e nos faz refletir sobre os sentidos tradicionalmente associados ao têxtil, ao corpo, à maternagem e à cultura popular.

SERVIÇO:             

Local: Centro Cultural Correios RJ (Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro, Rio de Janeiro – RJ)

Abertura: 09 de fevereiro às 16 horas

Visitação: 09 de fevereiro até 01 de abril de 2023

Horário: Terça a sábado, das 12h às 19h

Entrada: Gratuita

Classificação: livre

Informações: (21) 3088-3001/ E-mail: [email protected]

A unidade conta com acesso para pessoas cadeirantes e limita a quantidade de visitantes, visando a não aglomeração. No local, é recomendado o uso de máscaras