Exposição “Optchá – a estrada é o destino” estreia no Rio de Janeiro

Redacao
Por Redacao - Equipe
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Em “Optchá: a estrada é o destino” Katia Politzer apresenta trabalhos inéditos tendo a cultura cigana de seus ancestrais como referência na formação da gente brasileira – mas de pouco reconhecimento até aqui. Ancestralidade, identidade, migração, diáspora, sincretismo e respeito à diferença: eis o arco de humanidade aqui envolvido.

A busca por liberdade, a conexão com a natureza, uma intuição aguçada e a celebração da vida apesar das dificuldades e dos preconceitos, são as características da alma cigana que mais interessam à artista. A abordagem sobre os ciganos inclui aspectos da filosofia de vida, tradições, rituais e misticismo.

A saudação “Optchá” (que significa “Viva!”, “Salve!”) convida à experiência de esculturas com domínio têxtil e acréscimo de objetos do cotidiano desse grupo social. A chita, originária da India assim como os ciganos, insere florais e coloridos fortes, presentes também na maioria das festas tradicionais brasileiras, bem como cetim, fitas e dourados, típicos desta cultura.

Dentre os trabalhos inéditos destacam-se “Catarina vem das Canárias”, a série “7 Estandartes”, “Vurdon” e “Magia Cígana”  – em que a artista manipula fotografias documentais, pintura e procedimentos escultóricos manuais em estandartes, trouxas, tenda, manto, entre outros elementos, cujos efeitos vão da pintura conceitual ao desenho contemporâneo.

Saiba mais sobre a artista

Katia Politzer é artista visual. Em seu currículo, cursos livres de arte contemporânea nos EUA (De Cordova Museum e Northeastern University) e no Rio de Janeiro (Escola de Artes Visuais do Parque Lage e Escola Sem Sitio – com David Cury, Efrain Almeida, Franz Manata, Alexandre Sá, Marcelo Campos, Celeida Tostes, Lelia Gonzalez). Graduação em Artes pela EBA/UFRJ. A partir de objetos do cotidiano, investiga questões da memória e das relações pessoais – do afeto à exclusão. Na Escultura de materiais inorgânicos (vidro, cerâmica, tecido) e orgânicos (pão) pesquisa processos de transformação natural pelo fogo, ar e tempo – ou determinados pelo homem, com foco em estados de interseção e ambivalência. A descriminalização de repertórios marginalizados ou negligenciados culturalmente é grande parte de pesquisas recentes da artista.

Realizou as exposições individuais VURDON (Galeria Mblois, Rio, 2023); TRIAGEM (Centro Cultural dos Correios Rio de Janeiro, Rio, 2022); KATIA POLITZER/ESCULTURAS (Espaço Cultural Correios, Niterói, 2019); ARTE EM ANDAMENTO (Galeria Marly Faro, Rio, 2016); TULUPERÊ (Casa Galeria, Parati, 2008) e TROUXAS (Galeria Macunaima/Funarte, Rio, 1982). Dentre as mostras coletivas, integrou ‘Mata-mata’ (EAV-Parque Lage, Rio, 2024); ‘Tempo Tempo Tempo’ (Galeria Pop-up, Rio, 2024); ‘Só a arte toca as intocáveis verdades’ (Galeria Sérgio Porto, Rio, 2024); ‘DO! Art Projects’ (Uncool Artist, Nova York, 2023-2024); ‘Assoma’ e ‘Sismais Sinais’ (EAV-Parque Lage, Rio, 2023)’‘Bolsa de Ficção’ (Uncool Artist, São Paulo, 2023); ‘Notícias à boca miúda de um Mundo sem rumo’ (Galeria Paulo Branquinho, Rio, 2023); ‘Heclectik Art-Glass in Portugal’ (1a Bienal Internacional do Vidro de Portugal/ Museu de Arqueologia D.Diogo Souza, Guimarães, Portugal, 2022); ‘Territórios Insustentáveis’ (Consulado da Argentina, Rio, 2022); ‘7 Etnógrafos’ (DotArte, Belo Horizonte, 2020); ‘Estandarte I: a Vanguarda dos Povos’ (CC Oduvaldo Viana Filho, Rio, 2020); ‘A Melancolia da Paisagem’ (Galeria Sem Título, Fortaleza, 2019); ‘Intersubjetividades’ (Espaço Correios, Niteroi, 2018); ‘Flutuantes’ (Paço Imperial, Rio, 2018); ‘Women in Art’ (Ward-Nasse Gallery, Nova York, 2017) e ‘Nós da Cidade: Intervenções’ (Casa França-Brasil, Rio, 2017) – entre outras. Carioca, vive e trabalha no Rio.

Serviço

“Optchá – a estrada é o destino” – individual da artista Katia Politzer

Abertura: dia 22 de janeiro de 2025, das 16h às 19h

Visitação: até 8 de março de 2025

Local: Centro Cultural Correios RJ – Galeria I – 2º andar

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro

Horário: de terça a sábado, das 12h às 19h

Entrada gratuita

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