A arte que surge da dor: exposição no Museu da Justiça do Rio traz intervenções de mulheres vítimas de violência  

O Museu da Justiça do Rio de Janeiro estreia no próximo dia 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, a mostra “Presenças Invisíveis”

O Museu da Justiça do Rio de Janeiro estreia no próximo dia 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, a mostra “Presenças Invisíveis”, que apresentará uma arte inovadora, composta por intervenções dramáticas e comoventes feitas por mulheres que sofreram violência doméstica e hoje vivem em abrigos. 

A exposição será aberta às 18 horas, em uma solenidade com a presença do presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Henrique Figueira; a presidente do Rio Solidário, Heloísa Aguiar; a presidente de honra da instituição e primeira-dama do Estado, Analine Castro, entre outras autoridades. A partir do dia 9, a mostra estará aberta ao público. 

No salão histórico do Tribunal do Júri do Museu, um espaço formal e imponente onde já ocorreram vários julgamentos envolvendo o tema, serão apresentadas obras desenvolvidas sobre lençóis, este símbolo forte e tão presente neste universo de violência. As peças, de forte impacto visual, dialogam e instigam no público sentimentos de explícita emoção em relação à violência sofrida por essas mulheres. 

Ao mesmo tempo, no Salão dos Passos Perdidos, espaço conjugado com o Tribunal do Júri, a artista plástica e serventuária do Tribunal de Justiça do Rio Isabela Francisco, idealizadora da mostra, apresentará um trabalho elaborado sobre fotos da fotógrafa Rosane Naylor, realizadas durante as visitas à Casa Abrigo, quando da execução dos trabalhos pelas mulheres abrigadas. 

Ainda na ocasião, ocorrerá o lançamento do livro “Metendo a Colher”, do desembargador Wagner Cinelli, grande defensor da causa. 

A exposição é uma conjugação de esforços e propósitos, tendo sido realizada pelo Museu da Justiça com o apoio da Casa Abrigo de Mulheres Vítimas de Violência do Rio Solidário e do Grupo Mulheres do Brasil.

Casa Abrigo Lar da Mulher

Por meio de sólidas parcerias, o RioSolidario gerencia a Casa Abrigo Lar da Mulher, um refúgio no qual as vítimas e seus filhos menores de idade recebem assistência integral. Mulher vítima de violência doméstica: você não está sozinha!

O espaço funciona como residência temporária, acolhendo as vítimas e seus dependentes menores de idade por até 6 meses. Em endereço sigiloso, uma equipe multidisciplinar presta assistência integral às mulheres em situação de vulnerabilidade e seus dependentes menores de idade com apoio psicológico, suporte jurídico e reintegração social.

A Casa Abrigo Lar da Mulher funciona 24 horas por dia e pode receber até 60 pessoas. Ocupa uma área de 1300 m² e conta com 15 quartos, berçário, um salão de beleza e salas para reuniões. Grupos de reflexão, atividades lúdicas e de relaxamento ajudam as mulheres em seu processo de reconstrução da autoestima e recomeço, após se afastarem de seus lares por medo do agressor.

Como ser acolhida?
A Casa Abrigo Lar da Mulher é gerenciada pela instituição RioSolidario e a mulher vítima de violência doméstica pode buscar ajuda no Centro Integrado de Atendimento a Mulher mais próximo.

CIAM Márcia Lyra – (21) 2332-8249 ou (21 99401-4950).

Central Judiciária de Abrigamento Provisório da Mulher Vítima de Violência Doméstica – CEJUVIDA – (21) 3133-3894.

DENUNCIE — Serviço de Atendimento à Mulher: Ligue 180


Exposição “Presenças Invisíveis”

De 9 de março a 3 de junho de 2022
de segunda a sexta, das 11 às 17h
Museu da Justiça
Rua Dom Manuel, 29, 2º andar – Centro, Rio de Janeiro/RJ
Indicação etária: 12 anos
Entrada Franca
Realização: DGCOM | DECCO | Museu da Justiça