Play Festival desembarca em Madureira com Jongo da Serrinha e Passinho Carioca, entre outros

Play Festival desembarca em Madureira neste sábado com Jongo da Serrinha, Oficina de Lambe Lambe, Passinho Carioca e Crespinhos, entre outros

Play Festival ocupa neste sábado, 20 de agosto, a partir das 10h, o território de Madureira. A Arena Fernando Torres e o Parque Madureira são palcos do evento que explora múltiplas experiências estéticas nas artes visuais, música, teatro, dança, literatura e arte urbana.

A programação traz atrações como Oficina de azulejaria, com Fernanda Moreira; cortejo com as crianças do Jongo da Serrinha; Oficina de Lambe Lambe, com a artista Calli Nassar; instalação sonora com a dupla Baixa Santo Sound System, Corrida Cultural para crianças e jovens contando histórias através da música, Aulão de dança afro, com o bailarino e perfomer David Almeida; Aulão + Apresentação Passinho Carioca + Crespinhos, entre outros. Confira a programação completa em https://playfestival.art/zona-norte/

As instalações urbanas do Play Festival continuam ocupando até o dia 03 de setembro, às ruas em cinco regiões do Rio de Janeiro: zona sul, na Praça do Largo do Machado, centro na Praça Mauá, zona norte no Parque Madureira e Arena Fernando Torres junto a Zonas de Cultura Madureira, na zona oeste no Marco 11 em Santa Cruz, e na Baixada Fluminense Centro Cultural Oscar Niemeyer em Duque de Caxias. 

Entre os artistas estão Agrade Camiz, com a obra Boitanga, Sallisa Rosa e Sucata Quântica, que apresentam o LabirintoHeberth Sobral, com a obra Cubo Tétris, Cama de Gato da artista Adrianna Eu e Rommulo Vieira Conceição com a instalação Múltiplas Infâncias.

Com idealização e curadoria de Tathiana Lopes, especialista em cultura, educação e comunicação, com mais de 20 anos de experiência na realização de festivais e projetos multiplataforma, o Play conta com cinco instalações artísticas comissionadas, expostas em diversos espaços públicos da cidade, e se desdobra em uma série de ações e atividades que promovem experimentação e reflexão pensando as infâncias e juventudes, a partir da cidade, da mobilidade social e cultural e das diversidades.

O Play foi criado a partir de um trabalho de pesquisa, mobilização e articulação territorial, em conversas com crianças e jovens, instituições culturais, sociais, lideranças e artistas de diferentes localidades, triangulando os diversos atores sociais para construção de um projeto que esteja em diálogo direto com cada território, e através da arte, pudéssemos dialogar com a cidade, suas infâncias e juventudes”, comenta Tathiana Lopes. 

O projeto se desdobra em diferentes ações que acontecem de forma descentralizada, promovendo diálogos e conexões com diversas localidades da cidade. Dentre elas a mostra Se Essa Rua Fosse Minha – exposição em cartaz até 2 de outubro no Centro Cultural Oi Futuro. 

Com curadoria Tathiana Lopes –  “a mostra é um convite ao deslocamento, ao movimento e a relação com outras territorialidades, deixando aos públicos obras-pistas e suas conformações nos diferentes contornos do Rio de Janeiro, propondo que a cidade co-participe, experiencie e compreenda as muitas vivências e percepções sobre as linhas e caminhos que dividem e isolam territórios, corpos, acessos, conhecimentos e as liberdades.”

Sobre o Play 

O  Play é uma Plataforma Livre de Acesso às Artes, de impacto sociocultural, que através das múltiplas linguagens e expressões artísticas, deseja ampliar percepções sobre educação a partir da cidade e suas diversidades. Estimulando a reflexão e a experimentação através de instalações e intervenções, performances, residências, oficinas e diálogos, que exploram diferentes experiências estéticas nas artes visuais, música, teatro, dança, literatura e arte urbana, oferecendo um espaço de conhecimento, troca e intercâmbio artístico, cultural e territorial.

Durante todo o mês de agosto, o público será estimulado a se deslocar, interagindo de forma livre com as instalações. A cada semana o festival desembarca em uma das cinco regiões oferecendo às crianças, jovens e famílias uma programação criada a partir das obras e dos territórios que elas ocupam –  com performances,  debates, programas educativos, oficinas e rodas de conversa. E até 2 de outubro fica em cartaz no Oi Futuro Flamengo a exposição Se Essa Rua Fosse Minha, que conta o processo de criação e construção das obras públicas, além de entrevistas com personalidades da cidade como Elisa Lucinda, Amir Haddad, Tia Surica entre outras.

OBRAS

Adriana EuAdrianna Eu é carioca mas atualmente mora em São Paulo. Tem como seus temas principais as relações de um “eu” com o tempo, com o espaço que habita, com o outro e, principalmente, com ele mesmo. Adotou como sobrenome o pronome eu, com a intenção de provocar no outro uma sensação de estranhamento e considera isso sua primeira obra. Em sua formação, fez pintura na Escola de Artes Visuais – EAV, cursos livres de filosofia no Museu da República, frequentou grupos de estudos com artistas como Brígida Baltar, e se interessou por psicanálise. Já expôs  em diversas instituições nacionais e internacionais. Seus trabalhos integram várias coleções, destacando-se Galeria Real – Amman/Jordânia; Museu Romulo Maiorana e MAR – Museu de Arte do Rio. Adrianna gosta de pensar que é só uma menina nascida em Vila Isabel e que sua trajetória é traçada pelo desejo.

Obra – CAMA DE GATO

“Quando eu era criança, uma de minhas brincadeiras preferidas era cama de gato. Me encantava ver como usando apenas minhas mãos e uma linha, era possível construir muitas formas diferentes que iam se repetindo infinitamente sem nunca deixar de ser possível uma nova trama.

A cama de gato vem sendo praticada há séculos em vários lugares no mundo todo e, para os etnólogos, ainda hoje é um problema explicar por que povos de regiões e culturas tão distintas – como os Maoris da Nova Zelândia, os esquimós do Ártico, os índios norte-americanos e os membros de várias tribos africanas – criam figuras exatamente iguais em suas “cama-de-gato”.

Talvez seja possível se pensar uma memória de um “ brincar” que seja maior que as fronteiras”

Agrade Camiz 

Artista multimídia, nasceu no Rio de Janeiro em 1988, onde vive e trabalha. Articula seus trabalhos usando a estética da arquitetura popular carioca, mesclando questões relacionadas à sexualidade, à beleza e à opressão feminina. Incorpora grades em muitos trabalhos, elemento que remete a imposições e padronizações do comportamento. A artista, além de produzir obras de diversas dimensões que podem ser exibidas em galerias e museus, também possui um trabalho expressivo como grafiteira e muralista em diversos pontos da cidade.

Obra – BOITANGA

Fui atrás da minha infância para pensar nesse trabalho. Então trouxe as grades de janelas para o lugar do brinquedo trepa-trepa, e uma janela redonda, bem grande, passou a ser um gira-gira. Dessa forma, trago uma memória afetiva ligada aos territórios suburbanos, favelados, despertando a fantasia no transformar de janelas, grades, elementos relacionados ao lar, ressignificando-os em arte e brincadeiras.”

O Largo do Machado também está presente nesta obra, já foi uma lagoa e depois do seu aterramento, no século XVII foi chamado de Campo das Boitangas, “nome dado pelos negros da Guiné que ali trabalhavam numa plantação. Boitangas, que no dialeto dos africanos significa cobra que enrola, era um ofídio bastante comum nos alagadiços onde os escravos cultivavam arroz.”  A pintura da instalação se inspira na popular cobra coral como uma forma de firmar outras identidades.”

Heberth Sobral 

Cursou História da Arte e Desenho Técnico com João Magalhães, figura humana e criação artística no Senac e o curso PRODUZIRVER- PENSAR, com Pedro França na Escola de Artes Visuais Parque Lage. Começou na área artística como assistente em 2005 quando fez um Workshop de fotografia que o levou a ser convidado por Fábio Ghivelder para trabalhar com Vik Muniz.  

Obra – CUBO TÉTRIS

“Cidade é um jogo de tetris imobiliário, imigratório e cultural, onde as pessoas tentam se encaixar e se adequar a um grupo existente. A obra é criada por três imagens que compõem uma cidade. Os bonecos simbolizam as pessoas, e podem ser visto de perto, mas num jogo de ilusão, o que se percebe ao ver a obra de longe são azulejos usados nas construções, e ao se afastar mais o que se vê é um jogo de tetris refletindo as mudanças da cidade.”

Rommulo Vieira Conceição 

Artista visual que trabalha com diversos meios, como a instalação, os objetos, a escultura, o desenho e a fotografia, explorando as sutilezas de percepção do espaço na contemporaneidade e as relações do homem contemporâneo no mundo atual. Nasceu em 1968, em Salvador- Bahia, onde começou seus estudos em artes em 1983, sob a orientação da artista Célia Prata, na Oficina de Artes Plásticas da Escola Técnica Federal da Bahia. Atualmente, é representado pela Galeria Gestual, Porto Alegre e pela Galeria Bailune-Biancheri, em São Paulo. Desde 1998 vem realizando exposições individuais e coletivas, e residências artísticas no Brasil, na Argentina, na Austrália, no Japão e na Finlândia. Foi indicado duas vezes ao Prêmio Açorianos de Artes Plásticas (2010 e 2012) e três vezes ao prêmio PIPA (2010, 2011, 2018). Tem obras em vários acervos públicos, dentre os quais: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo/USP; Museu Afro Brasil, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio e Museu Nacional de Belas Artes. 

Obra – MÚLTIPLAS INFÂNCIAS

“Eu queria construir algo que se baseasse numa experiência física que remetesse a algo lúdico sem necessariamente recorrer aos brinquedos de parques convencionais. Dentro da minha memória de infância, me vieram rapidamente as catracas que ficavam nas estações de trem. A ideia de viajar de trem do subúrbio para Salvador ou vice-versa, era sempre motivada pelo fato de eu ter que passar pelas catracas. Sua função era a possibilidade de me pendurar numa de suas barras e ser empurrado pela minha avó, ou pela minha mãe. Era uma mistura de mistério, de solidão, isolamento, diversão, perigo e força, tudo junto. Achava aquele movimento tão breve, muito empolgante, o tamanho de tudo era agigantado.

Se essas catracas têm uma função definida de separar os pagantes dos não-pagantes, de limitar uma sociedade que pode e que não pode pagar, que ela seja subvertida em movimento, em negociação de espaço, em um labirinto que é viver. Que promovam a convivência.”

SALLISA ROSA + SUCATA QUÂNTICA 

Sallisa Rosa

Nascida em Goiânia, em 1986, vive e trabalha no Rio de Janeiro (RJ). Atua com a arte como caminho e experiências intuitivas, ficção, território e natureza, sua prática circula entre fotografia e vídeo, mas também instalações e obras participativas. Sua primeira exposição individual aconteceu em novembro de 2021 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM. O trabalho de Sallisa foi destaque na Trienal do SESC em Sorocaba (2021), na exposição Histórias feministas: artistas após 2000 no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP) (2019), VAIVEM, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (CCBB) (2019), na Bienal do Barro, Caruaru (2019), Estratégias do Feminino, Farol Santander, Porto Alegre (2019), Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2019) e Dja Guata Porã, Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) (2017). Indicada ao Prêmio PIPA 2020.

Sucata Quântica

Sucata Quântica nasceu em São Paulo em 2018, como uma iniciativa coletiva de resgate de objetos, materiais e práticas por meio do reuso criativo (upcycling). Combate a lógica da obsolescência programada a partir da criatividade, da técnica e da diversão. Tem desenvolvido instalações artísticas em festivais como Frestas – Trienal de Arte do Sesc Sorocaba (2021-2022), cenografia de eventos (Encontros Lixo-Zero 2019 e 2022), mais de 12 oficinas para toda classe de públicos e com variedade de protótipos. Também tem sido expositora de mais de 10 feiras e exposições. 

Sucata iniciou com a parceria de Hamilton OrtizFelipe RodriguezBianca Walber e Sol Calderón. Hoje contamos com uma rede ampla de parceiros de design industrial, artes, permacultura, arquitetura e engenharia que é ativada para projetos específicos.

Obra – LABIRINTO
“O labirinto acredita no caminho como uma metodologia tradicional artística possível para construção de sentidos. Usando o corpo como suporte, o ponto de partida é o eu. Convocando-nos a desorientação do labirinto é dada a largada para a metodologia de percorrer a rede de caminhos e fronteiras, de certezas e dúvidas, em se perder ou se achar, onde circula o visível e o invisível, a dúvida, a tentativa e erro, os rastros, o retorno, a circularidade. Os caminhos são conduções de energia e mistério, escolher caminhos pela intuição, é escolher qual energia queremos ser conduzidos. As materialidades apresentadas aqui se dão por colheitas e investigações de materiais diversos no Rio de Janeiro.”

Sobre Tathiana Lopes 

Tathiana Lopes é fundadora e diretora criativa da Cardápio de Ideias. Especialista em Cultura, Educação e Comunicação, atua há mais de 20 anos nos campos da arte e cultura,  criando e realizando projetos artísticos, multiplataforma, festivais e diferentes ações culturais. Foi idealizadora e curadora do Ping Festival de Cultura, Arte e Educação. 

Idealizadora e realizadora do Festival Novas Frequências, diretora e realizadora do Festival Mais Performance, idealizadora e realizadora do Projeto Paisagem em parceria com o artista plástico Vik Muniz, entre outros projetos de alcance nacional e internacional. 

Em parceria com O Instituto, ESPM e Museu de Arte do Rio – MAR, desenvolveu o programa de formação em elaboração de projetos para jovens periféricos do RJ para os 10 anos do projeto Rio de Encontros, foi mentora e facilitadora do Hiper Museus, do Percursos Formativos do MAR e colaboradora do Museu Vivo. Colaborou com a curadoria e elaboração do curso de Produção de Festivais e Eventos Culturais para a plataforma Coliga da Fundação Roberto Marinho. Faz parte do Conselho Consultivo da Favela Vertical e da Escola Vidigal.

Serviço

Data e Hora

  • Instalações Urbanas 

Data: 01 de agosto a 3 de setembro  

Hora: Domingo a Domingo  – 24 horas

  • Festival

Data: 06, 13, 20, 27 de agosto e 3 de setembro  – aos sábados

Hora: 10h às 19h

  • Exposição 

Data: 06 de agosto a 2 de outubro  de 2022.

Hora: quarta a domingo – 11h às 18h

Local: 

             Instalações Urbanas: 01 de agosto a 3 de setembro 

  • Agrade Camiz – Praça Largo do Machado, na divisa entre os bairros do Flamengo, Catete e Laranjeiras
  • Sallisa Rosa e Sucata Quântica – Praça Mauá em frente ao Museu de Arte do Rio no Centro
  • Heberth Sobral – Parque Madureira em frente a Arena Fernando Torres
  • Adrianna Eu –  Marco XI em Santa Cruz 
  • Rommulo Vieira Conceição – Complexo Oscar  Niemeyer em Duque de Caxias

             Festival:

  • 06 de agosto –  Praça Largo do Machado, na divisa entre os bairros do Flamengo, Catete e Laranjeiras 
  • 06 de agosto – Oi Futuro Flamengo – R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo
  • 13 de agosto – Museu de Arte do Rio – Praça Mauá, 5 – Centro
  • 20 de agosto – Arena Fernando Torres – R. Bernardino de Andrade, 200 – Madureira Parque Madureira – R. Soares Caldeira, 115 – Madureira
  • 27 de agosto – Ser Cidadão – R. Fernanda, 140 – Santa Cruz
  • 03 de setembro – Centro Cultural Oscar Niemeyer  e Biblioteca Pública- Av. Governador Leonel de Moura Brizola, S/N – Centro, Duque de Caxias

Visita Escolas e Instituições Sociais: 

  • 01 de agosto a 3 de setembro 

De segunda a sexta – manhã e tarde.

Agendamento Cintia Ricardo – [email protected]

Classificação: Livre 

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