Gusttavo Lima é citado em investigação da PF sobre lavagem de dinheiro do PCC

Sertanejo aparece em movimentações suspeitas ligadas ao PCC, aponta Operação Mafiusi
14 de março de 2025
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Gusttavo Lima e Jair Bolsonaro: PF cita o cantor em investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC. Foto: Reprodução
Gusttavo Lima e Jair Bolsonaro: PF cita o cantor em investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC. Foto: Reprodução

Brasília – A Polícia Federal (PF) citou o cantor Gusttavo Lima em uma investigação sobre lavagem de dinheiro relacionada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Seu nome apareceu em transações financeiras suspeitas identificadas na Operação Mafiusi, que apura um esquema ligado ao crime organizado. O jornal Estadão divulgou a informação.

Além do sertanejo, a PF mencionou o pastor Valdemiro Santiago e o bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho em relatórios que investigam um possível sistema financeiro paralelo da facção criminosa. Embora não estejam entre os indiciados, os citados devem prestar depoimento.


Operação Mafiusi investiga movimentações suspeitas

O inquérito avançou após o delator Marco José de Oliveira revelar detalhes sobre um esquema de tráfico internacional de drogas e sua conexão com a máfia italiana. A primeira fase da Operação Mafiusi denunciou 14 pessoas por organização criminosa e associação para o tráfico.

O governador Ronaldo Caiado e Gusttavo Lima: embora não esteja entre os indiciados, o cantor deve prestar depoimento. Foto: Reprodução
O governador Ronaldo Caiado e Gusttavo Lima: embora não esteja entre os indiciados, o cantor deve prestar depoimento. Foto: Reprodução

No centro do esquema, segundo a PF, está o empresário Willian Barile Agati, conhecido como “concierge do PCC”, acusado de movimentar R$ 454,3 milhões entre 2020 e 2023. Para isso, ele teria usado empresas de fachada registradas em São Caetano do Sul (SP).

A investigação também identificou a empresária Maribel Golin, ligada a cinco empresas usadas para movimentar mais de R$ 1,4 bilhão entre 2020 e 2022.


Transações financeiras ligam artistas ao esquema

A PF descobriu que a Balada Eventos e Produções Ltda., empresa que gerencia a carreira de Gusttavo Lima, transferiu R$ 57,5 milhões para a JBT Empreendimentos, um dos negócios de Maribel. O primeiro repasse ocorreu em 24 de junho de 2022.

Os investigadores verificaram que sete empresas estão registradas no mesmo endereço da Balada Eventos, sem documentação que justifique as movimentações financeiras.

Segundo o relatório da PF:
“Não foram identificadas escrituras, documentos comerciais ou notas fiscais que expliquem os valores repassados.”

Além disso, o fluxo financeiro não condiz com transações usuais para pagamento de cachês.


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Compra de avião entra na investigação

A Balada Eventos declarou que a transação com a JBT se referia à compra de uma aeronave, em junho de 2022. A empresa garantiu que a operação ocorreu de forma legal, com contrato formalizado e registrado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Já a conexão entre Maribel e Valdemiro Santiago foi destacada pela delatação de Marco José de Oliveira. Ele afirmou que um parente da empresária utilizava a igreja do pastor para esquentar dinheiro. A PF também descobriu que Willian Agati assumiu a posse de aviões de Valdemiro para quitar dívidas com o Fisco.


Entenda o caso: investigação da PF e o nome de Gusttavo Lima

  • A Operação Mafiusi apura um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao PCC.
  • O nome de Gusttavo Lima apareceu em movimentações financeiras suspeitas.
  • A empresa Balada Eventos transferiu R$ 57,5 milhões para a JBT Empreendimentos.
  • A transação ocorreu em junho de 2022 e envolveu a compra de uma aeronave.
  • A investigação também mencionou Valdemiro Santiago e Adilson Oliveira Coutinho Filho.
  • A PF aponta que um sistema financeiro paralelo movimentou bilhões de reais.

Redacao

Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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