De volta ao Rio, Sonora Brasil discute a influência das afro-sonoridades no país

Considerada a maior iniciativa brasileira de circulação musical, o Sonora Brasil está de volta ao Rio de Janeiro e em formato presencial, depois de uma edição virtual em 2021

Considerada a maior iniciativa brasileira de circulação musical, o Sonora Brasil está de volta ao Rio de Janeiro e em formato presencial, depois de uma edição virtual em 2021. Desta vez, o tema é “Culturas Bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas”, que destaca a contribuição dos povos de línguas bantu para a música brasileira. O projeto, coordenado pelo Departamento Nacional do Sesc e que acontece em todo o Brasil, terá sua edição carioca no Sesc Tijuca, de quinta a sábado (22 a 24/9), com entrada franca. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria.

Bantu, ou banto, é o grupo etnolinguístico predominante entre a população trazida da África para o Brasil durante a escravidão. Aspectos da língua e da cultura serão discutidos em duas apresentações.

Dia 23/9, às 20h, representantes de roda de samba – a maioria moradora da Tijuca – apresentam composições com elementos do bantu. A formação inédita contará com André JamaicaLeonardo PereiraLúcio RodriguesNego ÁlvaroNina RosaPaulino Dias e Thiago Kobe. No repertório, batizado de “Samba, Jongo e suas Histórias Cariocas”, estão “Navio Negreiro” (André Jamaica e Ronaldo Gonçalves), “Jongueiro Cumba”, “Okolofé”, “Candongueiro” (Wilson Moreira), “Cria do samba” (Nego Álvaro, Moacyr Luz e Mingo Silva) e “Axé de Lança” (Dona Ivone Lara), entre outros.

Já no dia 24/9, às 20h, a atração é o Jongo da Serrinha, grupo cultural que acumula 60 anos de preservação da herança do povo bantu da região do Congo-Angola. Eles apresentam o projeto Vivência Cultural, um show/oficina que inclui canto, dança, ritmo e história do Jongo com a participação do público. O objetivo é oferecer aos participantes uma aula introdutória ao mesmo tempo em que vivenciam o ritmo e as histórias do grupo da Comunidade da Serrinha.

Sonoridade indígena, tema da edição interrompida em 2020, abre a programação

Nesta edição, o primeiro dia do Sonora Brasil (22/9) será dedicado aos povos originários, um dos temas tratados na edição 2019/20, interrompida pela pandemia da Covid-19. A primeira formação a se apresentar é Wiyaê (SP/AM), composta pela pesquisadora Magda Pucci, que dirige e produz o Mawaca, grupo dedicado a recriar músicas de diferentes tradições do mundo; e Djuena Tikuna, cantora e compositora nascida na região do Alto Solimões e que cantou o Hino Nacional em língua Tikuna na abertura das Olimpíadas do Rio, em 2016.

Memoria Fulniô - Divulgação
Memoria Fulniô – Divulgação

Na sequência, entram os indígenas do Fulni-ô, grupo que habita as margens do Rio Ipanema, em Águas Belas (PE). Eles apresentarão o Toré, ritual tradicional entre tribos do Nordeste brasileiro. Na ocasião, acontece o lançamento do álbum Sonora Brasil: A Música dos Povos Originários.

SERVIÇO

Projeto Sonora Brasil 2022 – Rio de Janeiro

“Culturas Bantu: afro-sonoridades tradicionais e contemporâneas”

Sesc Tijuca: Rua Barão de Mesquita, 539

De 22 a 24/9/2022

Entrada franca, mediante retirada dos ingressos na bilheteria

Classificação Livre

Realização: Departamento Nacional do Sesc e Departamento Regional Sesc RJ

PROGRAMAÇÃO

22/9 (quinta-feira) – 20h

Concerto dos Grupos Wiyaê e Fulni-ô

Lançamento do álbum Sonora Brasil: A Música dos Povos Originários

Teatro I – Sesc Tijuca

23/9 (sexta-feira) – 20h

Samba, Jongo e suas Histórias Cariocas

André Jamaica, Leonardo Pereira, Lúcio Rodrigues, Nego Álvaro, Nina Rosa, Paulino Dias e Thiago Kobe

Teatro I – Sesc Tijuca

24/9 (sábado) – 14h

Jongo da Serrinha – Vivência cultural

Sesc Tijuca