Bruna Caram se apresenta no Rio de Janeiro com novo álbum em homenagem a Gonzaguinha 

No dia 02 de junho, a multiartista fará sua estreia na capital carioca com participação de Leila Pinheiro no show do disco “Afeto e Luta - Bruna Caram canta Gonzaguinha”

De um projeto idealizado por Bruna Caram, com arranjos de Norberto Vinhas e pesquisa de repertório de Jean Wyllys, o show “Afeto e Luta – Bruna Caram canta Gonzaguinha” aconteceu pela primeira vez durante a pandemia, sem público, em formato de live. E foi devido a um pedido especial dos seus fãs (e fãs do compositor) que Bruna decidiu transformar o projeto em turnê – e no sétimo disco de sua carreira. 

O desejo de cantar Gonzaguinha veio, não só da paixão por sua obra, mas pelo fato de ter percebido o quanto era pertinente e vigorosa nos tempos de medo, ódio e descaso pelos quais passamos. Sendo assim, ao longo de dois anos, a multiartista mergulhou para o trabalho mais criterioso de sua carreira. Segundo a cantora, para “trazer para o estúdio a energia do público”, fez questão de iniciar a turnê antes do disco, passando por cidades do Sudeste ao Nordeste. E agora, leva o show pela primeira vez no Teatro Cesgranrio, no dia 02 de junho.

Uma novidade é que além de, no palco, a cantora recitar poemas de seu livro “Pequena Poesia Presente” (2020), e também trará histórias por trás das canções, confidenciadas a ela por Nanan Gonzaga, filha de Gonzaguinha, que assina a direção de voz do disco. O espetáculo também conta com a participação de Leila Pinheiro, cantora, compositora e pianista. 

Afeto e Luta – Bruna Caram canta Gonzaguinha é o nome do álbum em que a multiartista se dedicou desde 2020, e de lá para cá passamos por 700 mil mortes por COVID-19 no Brasil, lockdown não-oficial, a volta da fome, uma eleição tensa, e um começo de ano, na visão da multiartista, com esperança de mais liberdade e dignidade, bandeiras que percorrem a obra de Luiz Gonzaga Jr do começo ao fim.

“Escolhi duas vertentes, a das canções de amor e a das canções políticas, mas considero que essas duas vertentes, na obra dele, muitas vezes se sobrepõem. Porque lutar também significa amar, defender, enfrentar. Para mim, Gonzaguinha era um artista destemido e engajado, que cantava as lutas e principalmente a alegria de viver.”, diz a cantora, contrariando uma visão da imprensa à época do compositor, no começo de sua carreira, que chegou a chamá-lo de “o cantor-rancor”.

Encarar uma sociedade que adoecia enquanto Bruna concebia seu primeiro filho, e depois lidar com a maternidade, foi um dos fatores que fez com que sua maturidade virasse força para viver o desafio de interpretar o mestre, de voltar às origens de intérprete encontrada nos primeiros discos de sua carreira e a sua adolescência, passar por um processo de autoconhecimento, temer, voltar a ter coragem e reunir diferentes gerações de cantores que, assim como ela, admiram o trabalho do compositor. 

   “Sempre tive receio de convidar outros artistas para participar dos meus projetos, tinha insegurança, não queria soar oportunista. Mas a partir do momento em que comecei esse projeto, muitos artistas que admiro se aproximaram espontaneamente. Foi lindo. Vi o tamanho de Gonzaguinha aí, e também me senti mais capaz. No fim, é a coisa mais rica que eu poderia ter feito, o ápice da minha carreira até agora” desabafa Bruna.

Afeto e Luta – Bruna Caram canta Gonzaguinha se tornou o disco mais importante da carreira da artista e mais memorável com participações de grandes artistas como Zé Renato em “Redescobrir”, Preta Ferreira em “É”, Zeca Baleiro em “Eu Nem Ligo”, além de Renato Braz, Nanan Gonzaga e Leila Pinheiro. 

Escute:

A presença de Jean Willys na direção de repertório e Nanan Gonzaga na direção de voz (e participando nos vocais de uma das faixas) foram muito importantes.  Jean trouxe novas canções e olhares sobre a obra tão política do compositor, e Nanan trouxe detalhes preciosos nas melodias e harmonias, além de memórias que Bruna compartilhará no palco.  Para criar os arranjos do disco, Bruna Caram e o produtor e arranjador Norberto Vinhas visitaram e aplicaram à obra de Gonzaguinha diversos ritmos brasileiros, como Maracatu, Samba, Frevo, Ijexá, Coco e Choro. Para tanto, inclusive, Bruna estudou um ano de danças brasileiras com Letícia Doretto, e houve ideias de arranjos que surgiram ali, na preparação de corpo.

“Foi a primeira vez que o movimento esteve tão presente na pré produção de um álbum. Levava para o arranjador referências de canções que dancei, e íamos trabalhando muitas vezes em cima delas. Sempre quis que meus álbuns tivessem mais presença dos ritmos brasileiros, que sempre amei, e que cresci ouvindo. Meu avô era violonista 7 cordas, fazia rodas de choro, e foi ali que aprendi a cantar. Os ritmos brasileiros estão na minha memória afetiva intensamente”, finaliza.

Serviço:


Afeto e Luta – Bruna Caram canta Gonzaguinha no Rio de Janeiro (RJ)

Data: 02/06 (Sábado)

Local: Teatro Cesgranrio
Endereço: Rua Santa Alexandrina, 1011 – Rio Comprido
Horário: 20h (Show)

Ingressos:

Balcão 

LOTE PROMOCIONAL R$ 25,00

INTEIRA R$ 60,00

INGRESSO SOLIDÁRIO (LEVAR 1KG DE ALIMENTO) R$ 40,00

MEIA – ESTUDANTE R$ 30,00

Plateia

LOTE PROMOCIONAL R$ 25,00

INTEIRA R$ 60,00

INGRESSO SOLIDÁRIO (LEVAR 1KG DE ALIMENTO) R$ 40,00

MEIA – ESTUDANTE R$ 30,00