Jardim Botânico do Rio prorroga “Exposição belga”, sucesso de público

Foi prorrogada até o próximo domingo (2/10) a exposição “O Jardim Botânico e a expedição belga no Brasil 1922-23”, instalada no Galpão das Artes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Foi prorrogada até o próximo domingo (2/10) a exposição “O Jardim Botânico e a expedição belga no Brasil 1922-23”, instalada no Galpão das Artes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Aberta no último dia 27 de junho, a mostra já recebeu mais de 15 mil visitantes.

A exposição reúne fotografias – integrantes do rico acervo do JBRJ – e outros itens históricos, como negativos de vidro e câmeras fotográficas da época –, sobre a expedição liderada pelo botânico belga Jean Massart há 100 anos, entre 1922 e 1923. Devido ao sucesso de público, o Jardim Botânico promove, nesta quinta-feira (29/9), como desdobramento da mostra, duas rodas de conversa, seguidas de visita guiada à exposição.

EXPOSICAO BELGA O vagão-leito que serviu de hotel entre Bahia, Aramiru, Itumirim e Juazeiro Foto de R. Bouillenne 1922
EXPOSICAO BELGA O vagão-leito que serviu de hotel entre Bahia, Aramiru, Itumirim e Juazeiro Foto de R. Bouillenne 1922

A expedição belga tinha como destino a Amazônia, tendo passado pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará. Junto aos relatórios da viagem, que se encontram nas obras raras da biblioteca da instituição, as imagens constituem um valioso patrimônio científico.

Além das fotos e itens da expedição de Massart, a exposição também apresenta imagens de expedições atuais, que mostram a continuidade das pesquisas de campo do JBRJ. A expedição belga é considerada como uma importante contribuição ao estudo da biogeografia do Brasil, especialmente sobre a Amazônia, uma vez que a região fora pouco estudada até então.

Barometro aneroide de bolso acervo Jardim Botanico RJ
Barometro aneroide de bolso do acervo Jardim Botanico RJ

Rodas de conversa – Na quinta-feira (29/9), às 10h, no Museu do Meio Ambiente, os fotógrafos Rogério Reis e Joaquim Paiva vão debater a importância da conservação, preservação e divulgação da fotografia, na roda de conversa “Fotografia, coleções e memória”, com mediação de Raul Ribeiro, responsável pelo acervo fotográfico histórico do JBRJ.

Um dos mais renomados fotógrafos brasileiros, Rogério Reis inspirou e emprestou seu nome ao personagem do fotógrafo no filme Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, baseado no livro do escritor Paulo Lins. Seus ensaios foram publicados no Lens (blog do The New York Times), LightBox (blog da Time), The Guardian, Lens Culture, Courrier International Magazine, Gup Magazine, Revista Piauí, Connaissances des Arts, Newsweek, GEO Magazine, L’Insensé, La Nación, entre outros.

O fotógrafo e colecionador Joaquim Paiva é dono de uma das maiores coleções brasileiras privadas de fotografia, reunindo cerca de 2.700 imagens de 500 fotógrafos, entre brasileiros e estrangeiros. Realizou diversas exposições de sua coleção em diferentes países, como Estados Unidos, França, Espanha, Argentina e Peru, entre outros. A maior parte de sua coleção se encontra em comodato, desde 2005, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Camera fotografica Curt Bentzin acervo Jardim Botanico RJ
Camera fotografica Curt Bentzin do acervo Jardim Botanico RJ

No mesmo dia, às 14h, também no Museu do Meio Ambiente, a roda de conversa “Entre plantas, gentes e lugares nas viagens de descobrimentos” vai reunir a historiadora Heloisa Gesteira e a pesquisadora do JBRJ Viviane Stern da Fonseca Kruel. Serão debatidos temas como a circulação de plantas e saberes nessas viagens, além da riqueza dos registros nelas produzidos, que povoam os acervos de instituições como arquivos, bibliotecas, museus e jardins botânicos, especialmente na viagem ao redor do mundo de Magalhães-Elcano (1519-1522). A mediação é da historiadora e pesquisadora do JBRJ Alda Heizer.

Heloisa Gesteira é pesquisadora em História da Ciência e da Tecnologia do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com pós-doutorado no Museu de História da Ciência de Oxford. Atualmente coordena o Mestrado Profissional em Preservação de Acervos de Ciência e Tecnologia do MAST. É também professora do Departamento de História da PUC-Rio e do Programa de Pós-Graduação em História da UNIRIO/MAST. Tem interesse em temas relacionados à História dos instrumentos científicos; Viagens e circulação de saberes na Época Moderna.

Viviane Kruel é curadora da Coleção Temática de Plantas Medicinais e da Coleção Etnobotânica do JBRJ. Também é professora no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade em Unidade de Conservação, na Escola Nacional de Botânica Tropical (ENBT/JBRJ) e no PPG Lato sensu em Plantas Medicinais e Fitoterapia (UFRJ/JBRJ/ABFIT).  Desenvolve estudos sobre o conhecimento tradicional de pescadores no litoral do Sudeste do Brasil, e em coleções bioculturais da Amazônia brasileira, com o intuito de compartilhar e trocar saberes indígenas e não indígenas, e apoiar as ações de repatriamento de conhecimentos.

As rodas de conversa e a exposição têm entrada gratuita.

Serviço


Rodas de conversa – Quinta-feira (29/9)
Fotografia, coleções e memória 
– às 10h

Entre plantas, gentes e lugares nas viagens de descobrimentos – às 14h.

Museu do Meio Ambiente – Rua Jardim Botânico, 1008.

Exposição “O Jardim Botânico e a expedição belga no Brasil 1922-23″
Galpão das Artes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, até 2/10, diariamente das 8h às 17h.

Acesso pela Rua Jardim Botânico, 1008.

Entrada gratuita para a exposição e as rodas de conversa