Rio de Janeiro – Rita de Cássia Coutinho, conhecida como Rita Cadillac, completou 70 anos no último dia 13 e concedeu uma entrevista reveladora ao jornal O Globo.
A ex-chacrete, atriz, cantora e bailarina relembrou momentos marcantes de sua vida, incluindo episódios de assédio e um estupro durante seu casamento.
O que você precisa saber
- Rita Cadillac cresceu em um ambiente progressista politicamente, mas conservador nos costumes
- Aos 16 anos, casou-se virgem e foi estuprada uma semana depois, sob influência do álcool
- Sua carreira artística começou após a separação do marido, aos 18 anos
Início da vida e casamento
Rita, criada pela avó paterna após a morte do pai, contou que seu apartamento era um “aparelho” na década de 1960, sempre com alguém escondido lá. A avó exigia que Rita permanecesse virgem até o casamento, o que marcou sua vida.
“Na década de 1960, nosso apartamento era um ‘aparelho’, sempre tinha alguém escondido lá.” – Rita Cadillac
Aos 16 anos, Rita se casou virgem, mas a primeira relação sexual só ocorreu uma semana depois, sob influência do álcool. “Na manhã seguinte, minha avó veio me falar que gritei por socorro. Dei-me conta de que fui estuprada”, revelou.
Carreira artística e sucesso
Aos 18 anos, já mãe de Carlos César, seu único filho, Rita se separou do marido, que a ameaçou de morte. Sua carreira artística começou após a separação, e ela se tornou a chacrete mais famosa do Brasil ao lado de Abelardo Barbosa.
Com o sucesso da música “É bom para o moral”, Rita seguiu carreira solo e se apresentou em lugares como Serra Pelada e a Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru. “Fiquei uma semana entre 60 mil garimpeiros e nenhum deles avançou o sinal”, lembrou.
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Desafios e envolvimento com pornografia
Rita falou sobre os desafios do assédio, que enfrentou ao longo da carreira. “Antigamente, não se falava essa palavra, mas as mulheres da minha geração passaram muito por isso. Também fui vítima”, afirmou. Ela destacou sua capacidade de se impor e lidar com essas situações, desenvolvendo uma “carcaça” protetora.
Sobre seu envolvimento com a indústria pornográfica, Rita foi categórica: “Apaguei tudo da minha memória. Não foi bom. Fiz apenas por dinheiro e pronto, acabou”. Ela também abordou seu feminismo e a luta pelos direitos das mulheres, sendo favorável ao aborto e crítica à violência doméstica.
Enfrentamento de Assédio
Rita falou sobre os desafios do assédio ao longo de sua carreira. “Antigamente, não se falava essa palavra, mas as mulheres da minha geração passaram muito por isso. Também fui vítima”, afirmou. Ela destacou sua capacidade de se impor e lidar com essas situações.
Atuação Atual
Plataformas Digitais
Atualmente, Rita Cadillac atua nas plataformas OnlyFans e Privacy, onde produz conteúdo adulto. “Não me arrependo de nada”, afirmou.