<strong>“Calango Deu! - Os causos da Dona Zaninha</strong><strong>" </strong><strong>festeja dez anos no palco</strong>

A peça "Calango Deu! – Os causos da Dona Zaninha" vai comemorar em cena dez anos de humor, poesia e histórias, no Teatro Firjan SESI Centro, no Rio, em curta temporada

A peça “Calango Deu! – Os causos da Dona Zaninha” vai comemorar em cena dez anos de humor, poesia e histórias, no Teatro Firjan SESI Centro, no Rio, em curta temporada. Quem não viu ou quem quer rever a atuação da atriz Suzana Nascimento, pode curtir o espetáculo quinta e sexta, às 19h, e sábado e domingo, às 18h. A direção é de Isaac Bernat.

“A comemoração de dez anos não podia passar em branco. Será uma temporada relâmpago, mas com brinde de cachacinha, porque dez anos de estrada nesse Brasil é coisa para festejar. A peça já foi apresentada em mais de 50 cidades. É muita raça de lugar. E ela é viva, não datada, porque é o registro vivo da memória, da minha família, do povo e da cultura brasileira”, frisa Suzana Nascimento, que dá voz à Dona Zaninha, no palco e no texto.

A autora, atriz e contadora de história explica que, ao longo desses dez anos, acrescentou e tirou causos, com a contribuição da plateia. Se no início o espetáculo tinha uma hora e 15, já chegou a ter quase duas horas e, hoje, tem cem minutos, é por causa das histórias trocadas com o público.

Mineira de Juiz de Fora, Suzana lembra que “Calango Deu!” volta a ser encenada onde tudo começou. Foi no Rio que ela escreveu a peça, a partir da saudade de casa, da cantoria do pai, das brincadeiras do avô, dos causos universais do interior de Minas, revividos em família por mãe e avó.

“É uma colcha de retalhos, que mistura real com fantasia. Desde a primeira história que minha mãe contava, falando que, aos três anos, subi na vaca para pegar uma andorinha. Na minha fantasiação, a menina, a vaca e a andorinha acabam voando. Todo mundo tem uma memória afetiva e, quando dona Zaninha chama alguém para tomar café no palco, lá vem história”, diz Suzana.

As novas apresentações vão aplacar a saudade do palco, depois da pandemia, quando ficou isolada na granja da irmã, em Juiz de Fora, mas não deixou de contar causos. Fez lives, criou o perfil “Botica de histórias” nas redes, enviou áudios para grupo de mulheres que criou batizado de “Roda balsâmica” e filmou o curta-metragem “Árvore mãe”.

No ano passado, a força feminina esteve presente em outro trabalho, com a peça “Em nome da mãe”, encenada 16 vezes para plataforma online do Sesc. O texto de Suzana foi baseado no livro homônimo do autor italiano Erri de Luca, que narra uma história a partir do ponto de vista de Maria de Nazaré. Ao acrescentar a dor das brasileiras contra o machismo, a pobreza e os problemas de tantas Marias para criar os filhos, o espetáculo de Suzana foi indicado em sete categorias do prêmio da Associação dos Produtores de Teatro (APTR) e ganhou quatro, incluindo o de melhor atriz.

“Quero levar o espetáculo a mais pessoas, no próximo ano. Não paro de pensar em novos projetos, mas demoro um pouco para amadurecer as ideias. Se “Calango” levou cinco anos para nascer, “Em nome da mãe” foram seis. Mas são meus filhos queridos. Tenho muito orgulho deles. “Calango” mudou a minha vida e as pessoas seguem tendo muito carinho pelo espetáculo”, reconhece Suzana.

Serviço

“Calango Deu! – Os causos da Dona Zaninha”

Teatro Firjan Sesi Centro

22 a 25 de setembro

Quinta e sexta, às 19h

Sábado e domingo, às 18h

Av. Graça Aranha 1, Centro do Rio 

Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia)

Duração: 100 minutos 

Classificação: 10 anos

Gênero: comédia