Sucesso de bilheteria, o espetáculo ‘O Homem mais inteligente da história’, de Augusto Cury, chega ao Rio

Após quase dois anos em turnê pelo Brasil, a peça, adaptada pelo próprio escritor, estreia no dia 3 de junho no Teatro Vannucci, no Shopping da Gávea. O ator Daniel Satti é o protagonista da trama. Ivan Parente assina a direção

Sucesso de bilheteria pelos teatros do Brasil, o espetáculo “O Homem mais inteligente da história”, baseado na obra homônima de Augusto Cury, considerado o psiquiatra mais lido do mundo nas últimas duas décadas, desembarca no Rio de Janeiro. Há quase dois anos em turnê, a peça, que fez cerca de cem apresentações por diversas cidades do país e já foi vista por mais de 45 mil pessoas, estreia no dia 3 de junho no Teatro Vannucci, no Shoppjng da Gávea, Zona Sul do Rio. Na trama, o público irá acompanhar a trajetória do cientista fictício Marco Polo, um perito no funcionamento da mente e ateu, que é desafiado pela ONU a estudar a inteligência de Jesus, o homem mais famoso da história. “Jesus foi (e ainda é) o maior especialista no território da emoção. O homem, mestre da sensibilidade, que demonstrou doçura e que enxergou nitidamente além das profundezas da nossa delicada condição humana. Soube lidar com a dor, não se abatia”, explica Cury, que assina a adaptação do texto para os palcos, ao lado de Francis Helena Cozta. Além da gestão da emoção, o autocontrole, a criatividade, a solidariedade, a busca da felicidade e do amor, a depressão e a violência contra a mulher são alguns dos elementos abordados em cena. Sob a direção de Ivan Parente, Daniel Satti vive o protagonista. No elenco, estão a própria Francis, Renan Rezende, Murilo Inforsato, Priscila Dieminger e Pietro Alonso. Em curta temporada, até o dia 2 de julho, com sessões aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 20h30.

A história começa quando o renomado psiquiatra fictício Marco Polo vai a Jerusalém participar de uma reunião na ONU e é desafiado a estudar a mente de Jesus. A princípio, ele, que é um dos maiores ateus da atualidade, recusa-se, alegando não discutir religião, mas acaba cedendo. É, então, montada uma mesa-redonda, composta por intelectuais e cientistas que analisam a mente de Jesus sob a ótica da ciência, e não, da religião. “À medida que começam as pesquisas, ele se depara com coisas que ele nunca imaginava e começa a entender que o homem Jesus foi, de fato, um cara que soube gerir as suas emoções. Diante de tantas adversidades, circunstâncias, ele estava sempre pregando o bem, o amor, tentando mostrar o lado bom e sábio das coisas diante de todo o sofrimento que passou”, conta Daniel Satti, que interpreta o protagonista Marco Polo. 

Aliás, o ator entrega que a obra de Cury o fez repensar muitas questões de sua vida. “O que é muito legal no espetáculo é a quantidade de reflexões que provoca no público. As pessoas ficam emocionadas. Eu e todos do elenco paramos para refletir muitas coisas. Com certeza, todos nós nos melhoramos, foi algo importante, uma transformação. São tantas as mensagens, que eu costumo dizer que alguma vai te ‘pegar’, aposta ele, que, atualmente, está em cartaz na HBO MAX com a série “Faixa preta – A Verdadeira História de Fernando Tererê”, como o mestre do lutador. O ator é conhecido por seus trabalhos na TV, como nas novelas “Carrossel”, no SBT (2012), e os “Dez mandamentos”, na Record (2015). No cinema, em 2020 e 2021, foi premiado em alguns festivais internacionais por sua atuação no curta-metragem “Entreolhares”, como The Scene Festival e Cult Movies International Film Festival 3rd.

Nessa produção, a atriz Francis Helena Cozta encarou um desafio duplo: viver a Dra. Sofia no palco e ser parceira de Cury na adaptação do texto. “Foi um desafio escolher as partes no livro que iriam para o palco e colocar a ‘dramaturgia’ nelas. Um texto lido é bem diferente de um texto falado. Acredito que o resultado ficou incrível, pois o retorno do público tem sido muito caloroso ao dizer que imaginou as personagens (do livro) iguais às que estão na peça”, comemora ela, que traz à cena uma neurocientista que é exemplo de força. “Sofia embarca na jornada ao lado de Marco Polo para conhecer a inteligência de Jesus. Ela tem um passado muito difícil e é um exemplo de força, delicadeza e superação”, define
Francis, que ainda é bailarina, apresentadora e roteirista. Além de vários trabalhos realizados no teatro e na TV, Francis foi indicada ao festival internacional Rio Webfest 2022, por sua série autoral “Carta para mim, experiência cênica (auto) biográfica”. 

Já o ator Renan Rezende se divide entre três personagens em cena: o Senador, uma autoridade que discursa durante uma assembleia na ONU, e questiona o Dr. Marco Polo; o teólogo Thomas, que participa dos estudos sobre Jesus; e o médico Lucas, que analisa como Jesus geria os seus sentimentos e emoções de acordo com as coisas que vivia. De todos os temas abordados no espetáculo, Rezende elege um que o toca bastante. “Não tem como assistir a essa peça sem olhar para si mesmo, ainda mais a gente que está dentro dela. Gosto que o texto aborda uma questão que parece simples, mas é muito complexa: a felicidade. Por vezes achamos que a felicidade está mais presente no mundo material, ou mesmo naquela pessoa que seguimos nas redes sociais, mas a peça nos passa a mensagem que a felicidade também pode estar no mais simples dos sentimentos, ou através de um gesto cotidiano, ou mesmo dentro da gente (sem a gente ao menos perceber). Gosto de como essa e outras questões são abordadas com delicadeza e atenção”, aponta ele, que é bailarino e já realizou mais de 30 espetáculos teatrais em diversas funções. Atualmente, faz parte do Coletivo Impermanente.

A palavra do diretor e a transição entre os dias atuais e as passagens bíblicas

A montagem transita entre os dias atuais e passagens bíblicas – Maria (mãe de Jesus), Paulo e Lucas entram em cena – para abordar os principais aspectos da gestão da emoção. Para o diretor Ivan Parente, esse encontro de tempos diferentes toca cada espectador de uma maneira singular. “É como se as personagens dos cientistas e dos teólogos, de tanto se aprofundarem nos estudos e nos relatos do Apóstolo Lucas, sonhassem com as passagens bíblicas. Através desses sonhos e dos debates, conseguem traçar um caminho pra estudarem a mente de Jesus como ser humano. É superinteressante o modo como Augusto Cury constrói essas cenas e, quando eu fui chamado pra dirigir a peça, achei que o encontro das personagens dos dias atuais e das passagens bíblicas poderia potencializar ainda mais a relação que o autor tenta traçar sobre a gestão emocional. Nenhuma história é contada do mesmo jeito por pessoas diferentes. Então,
acredito que cada um é tocado de uma maneira diferente. São muitas histórias sendo contadas ao mesmo tempo e cada história conversa com um espectador”, avalia.

Parente aponta a abertura do diálogo como um ingrediente fundamental nessa narrativa. “Acho que a peça-chave do espetáculo está na abertura do diálogo. De como as pessoas perderam a capacidade de dialogarem, de trocarem experiências, de aprenderem umas com as outras. Tem um momento da peça em que o Marco Polo diz: ‘Estamos surdos’. A era digital nos deixou mergulhados em nossos próprios mundos, nas telas brilhantes e nos mundos falsos criados virtualmente. Como o doutor Augusto Cury diz: ‘Contemplar o belo’. Precisamos estar mais vivos no mundo real, no presente momento em que as coisas acontecem. No mundo real. Contemplando o maior presente que recebemos: a vida”.

Ivan Parente é ator, cantor, dublador, compositor e diretor. Na TV, viveu a personagem Lindomar Gomes na novela do SBT “As Aventuras de Poliana”. Em 2017, fez o Senhor Thenardier, do musical “Les Misérables”, e ganhou os prêmios “Bibi Ferreira”, “Destaque Imprensa Digital” e “Reverência” como melhor ator coadjuvante. Atuou em diversos musicais, como: “Ópera do Malandro”, com direção de Gabriel Villela; e "Godspell" e “Alô, Dolly”, com direção de Miguel Falabella. Como dublador, deu voz ao Demi da série “Vampirina”, entre outros trabalhos. E como diretor, entre os espetáculos de destaque: “O Mágico di Ó”, de Vitor Rocha, com codireção de Daniela Stirbulov, e “O Menino de Lugar Nenhum”, do Teatro de Panela.

Como nasceu a adaptação do livro para o teatro

Essa é a segunda obra de Augusto Cury adaptada para o teatro. O livro best-seller “O Vendedor de Sonhos” foi o primeiro a ser transformado para a linguagem teatral. A ideia nasceu durante a realização das palestras do Dr. Augusto Cury, pela Applaus, com direção de Luciano Cardoso, com 33 anos de expertise no cenário musical e das artes. Depois, foi a vez de “O Homem mais inteligente da história”, que é o romance mais vendido de Cury na última década. E, por último,
“Nunca desista dos seus sonhos”. As três montagens estão em turnê pelo Brasil, simultaneamente.

Com 35 milhões de livros publicados em mais de 60 países, Augusto Cury lançou “O Homem mais inteligente da história”, em 2016, após 15 anos de estudos e pesquisas sobre gestão da emoção.  Esse é o romance mais vendido do Augusto Cury na última década. “Cada obra aborda um tema diferente: ‘O Homem mais inteligente da história’ é uma análise da inteligência de Cristo, sob a ótica da gestão da emoção e da relação com pessoas. Tem todo um lado, a partir do debate da atuação de Jesus Cristo, nessa gestão da emoção, de como ele fez em suas relações, como, por exemplo, com os apóstolos, e pessoas que eram, às vezes, até párias da sociedade, e se transformaram em líderes. E é uma análise muito legal. Sem contar o confronto entre ateus e religiosos no debate”, detalha Luciano Cardoso, que entrega que, em breve, um quarto livro de Cury ganhará os palcos.

SERVIÇO:
‘O homem mais inteligente da história’, da obra de Augusto Cury

Adaptação: Augusto Cury e Francis Helena Cozta. Direção: Ivan Parente.  Elenco: Daniel Satti, Francis Helena Cozta, Renan Rezende, Murilo Inforsato, Priscila Dieminger e Pietro Alonso. Gênero: romance. Sinopse: Quando o renomado psiquiatra Marco Polo vai a Jerusalém participar de uma reunião na ONU, ele é desafiado a estudar a mente do homem mais famoso da história: Jesus. Marco Polo, um dos maiores ateus da atualidade, recusa-se, alegando não discutir religião, mas é instigado por uma plateia de intelectuais a realizar essa empreitada. Depois de muita resistência, ele aceita o desafio. É, então, montada uma mesa-redonda, composta por brilhantes profissionais para analisar a mente de Jesus sob os ângulos da ciência e, não, da religião. A partir disso, o personagem começa uma jornada épica para saber se Jesus era um mestre em ter autocontrole, gerir sua emoção, trabalhar perdas e frustrações, libertar sua criatividade e formar pensadores. Ao estudar a mente de Jesus, Marco Polo surpreende os demais participantes da pesquisa que esperavam encontrar um homem comum, sem grandes habilidades intelectuais, mas que ficam admirados diante do inexplicável. 

Estreia dia 3 de junho
Teatro Vannucci 
– Rua Marquês de São Vicente 52, Shopping da Gávea.
Sáb, às 21h. Dom, às 20h30m
Entrada: R$ 100 (sáb) e R$ 90 (Dom)
Classificação: 10 anos
Duração: 75 min
Temporada até o dia 2 de julho
Link para venda ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/82214

FICHA TÉCNICA: 
Adaptação: Augusto Cury e Francis Helena Cozta  
Direção: Ivan Parente 
Elenco: Daniel Satti, Francis Helena Cozta, Renan Rezende, Murilo Inforsato, Priscila
Dieminger e Pietro Alonso  
Direção Geral de Produção: Luciano Cardoso
Gestão de Projetos: Milena Brey
Coordenação de Produção: Tay Lopes
Produtor Executivo: Gabriel de Souza
Tour Manager: Renan Rezende, Murilo Inforsato e Pietro Alonso
Cenário e criação de luz: Pitty Santana 
Trilha sonora: Wagner Passos 
Figurinos: Débora Munhys 
Técnico de som e luz: Julia Maria 
Stand ins: Júlia Orlando e Victor Garbossa
Assistente de Produção: Rafael Sandoli
Social Media: TwoM
Assistente de comunicação: Vanessa Bertotti 
Design Gráfico: Lucas Peixoto 
Gestão Tráfego Digital: Allysson Domingues 
Copywriter: Debora Venuta 
Assessoria de Imprensa Rio de Janeiro: Valéria Souza
Assessoria Jurídica: SVM Advocacia 
Assessoria Registro de Marcas: Ranzolin – Propriedade Intelectual  
Promoção: Dreamsellers 
Realização: Applaus