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Talento Engajado

Débora Bloch diz que Odete Roitman deveria ser punida: ‘sem PEC da blindagem e sem anistia’

A atriz Débora Bloch, intérprete de Odete Roitman no remake da novela Vale Tudo, deixou escapar uma pista sobre a Morte De Odete Roitman durante entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, nesta sexta-feira (10).

Ela revelou que, entre todas as cenas gravadas, apenas uma teve o efeito de sangue no momento do disparo. “Todos deram o tiro, mas só em uma cena teve o efeito… Não é ketchup, é uma mistura de várias coisas”, disse a atriz, antes de se corrigir: “Ah, estou falando demais.”


Mistério e contradição nos bastidores

Ao ser questionada por Pedro Bial sobre quantas vezes precisou “morrer” em estúdio, Bloch respondeu que foram cinco, citando os personagens César (Cauã Reymond), Marco Aurélio (Alexandre Nero), Maria de Fátima (Bella Campos), Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira) como suspeitos. A fala contraria a versão oficial da autora Manuela Dias, que havia afirmado que o desfecho da Morte De Odete Roitman ainda estava em aberto.

O deslize da atriz rapidamente se tornou assunto nas redes sociais, reacendendo a curiosidade do público sobre o remake da trama de Gilberto Braga, um dos maiores clássicos da teledramaturgia brasileira.


Crítica social e paralelo com a política brasileira

Durante a conversa, Débora Bloch destacou que, no imaginário popular, a vilã Odete deveria ser punida — não morta. “As pessoas acham que ela deve ser punida, não morta — acham que a punição seria a pobreza ou a prisão. Eu achei mais civilizado querer que ela fosse punida do que querer que ela morresse”, afirmou.

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A atriz aproveitou o momento para traçar um paralelo com a política brasileira, afirmando que, na vida real, corruptos deveriam ser “julgados, condenados e punidos — sem PEC da blindagem e sem anistia”. A declaração foi interpretada como uma crítica direta às tentativas de setores políticos de garantir impunidade a aliados investigados, uma postura coerente com a tradição crítica de Débora Bloch, reconhecida por seu engajamento em pautas democráticas e sociais.

“Na vida real, Odete deveria ser julgada, condenada e punida. E sem PEC da blindagem. E sem anistia. Mas, na novela, o melodrama pede a catarse de matar o vilão.”
Débora Bloch, em entrevista ao Conversa com Bial


Um remake que dialoga com o Brasil de hoje

Além da Morte De Odete Roitman, Débora Bloch comentou outras surpresas do remake. Segundo ela, a autora Manuela Dias optou por manter o personagem Leonardo (Guilherme Magon) vivo, o que trouxe “uma nova camada para a história e para a personagem”. A atriz elogiou a abordagem contemporânea da autora, que deu à nova versão de Odete Roitman um “empoderamento para a mulher de 60 muito interessante”.

A adaptação de Vale Tudo tem sido vista como uma atualização crítica da sociedade brasileira, abordando temas como desigualdade, corrupção e moralidade — pilares que continuam a dividir o país. Para muitos críticos, o tom progressista da nova versão se alinha ao contexto atual, em que a televisão tenta reconectar-se a um público mais politizado e exigente.

Além disso, o remake reforça a tradição da Globo de revisitar obras que marcaram a cultura popular, atualizando seus temas com um olhar contemporâneo. A Morte De Odete Roitman, um dos momentos mais emblemáticos da história da TV, agora ganha contornos que dialogam com o debate ético e político do Brasil pós-2016 — uma nação ainda às voltas com o autoritarismo, a desigualdade e a busca por justiça.


Entre ficção e realidade

Com o vazamento de Débora Bloch, a produção de Vale Tudo enfrenta o desafio de manter o suspense até o capítulo final. Entretanto, a repercussão demonstra o poder contínuo da narrativa original, que há mais de três décadas ainda provoca reflexões sobre ética, poder e impunidade.

Por outro lado, a nova Morte De Odete Roitman parece ir além do entretenimento, funcionando como metáfora do desejo coletivo por justiça — uma ideia que ecoa tanto nos roteiros de telenovela quanto na vida política brasileira.

Para o público, a expectativa cresce: quem puxará o gatilho desta vez — e o que isso simboliza em um Brasil onde o bem e o mal se confundem nos palcos do poder?

Vanessa Neves
Vanessa Neveshttps://diariocarioca.com/
Vanessa Neves é Jornalista, editora e analista de mídias sociais do Diário Carioca. Criadora de conteúdo, editora de imagens e editora de política.
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