Washington – O Museu de Arte das Américas cancelou duas exposições programadas para este mês após uma ordem executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida restringe iniciativas de diversidade, equidade e inclusão, afetando diretamente a programação do museu. As exposições incluíam aproximadamente 40 obras de artistas afro-americanos, afro-caribenhos, afro-latinos e LGBTQI+.
Entre os artistas impactados estão Martin Puryear, representante dos EUA na Bienal de Arte de Veneza de 2019, e Elizabeth Catlett (1915-2012), escultora e artista gráfica mexicana-americana. A retratista Amy Sherald, conhecida por retratar personalidades afro-americanas, e o pintor modernista cubano Wifredo Lam (1902-1982) também tiveram suas obras excluídas das mostras.
Cancelamento por ordem de Trump
A decisão ocorre em resposta à recente ordem executiva assinada por Trump, que limita financiamentos e incentivos a projetos culturais voltados para a diversidade. O decreto impacta museus e centros culturais que promovem artistas de minorias raciais e sexuais.
A curadora da exposição Before The Americas, Cheryl D. Edwards, afirmou que a medida representa “um silenciamento de vozes e uma forma de discriminação racial e social”. A exposição traria obras de artistas negros e latino-americanos, destacando histórias da diáspora africana e das lutas sociais nos EUA e no Caribe.
Identidade queer e história colonial também foram censuradas
Outra exposição afetada foi Wild With Andil Gosine, baseada no livro do artista e professor canadense de ascendência caribenha Andil Gosine. O projeto explora o impacto do colonialismo nas Caribe e como ele influenciou a identidade queer na região. Segundo o museu, a decisão de cancelamento foi tomada “para cumprir as diretrizes federais atuais”.
O governo Trump tem adotado medidas para reduzir programas culturais que promovem a inclusão de minorias. A administração também cortou verbas para projetos ligados a diversidade em outras áreas, como educação e serviços sociais.
