Deputados cobram explicações sobre paralisação do Hospital Eduardo Rabello

Deputados reuniram-se nesta quinta-feira (11/03) com integrantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e servidores do Hospital Estadual Eduardo Rabello, em Campo Grande, Zona Oeste da capital fluminense

Deputados reuniram-se nesta quinta-feira (11/03) com integrantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e servidores do Hospital Estadual Eduardo Rabello, em Campo Grande, Zona Oeste da capital fluminense, para discutir a paralisação da unidade, por problemas estruturais do prédio, anunciada pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Chaves. Durante o encontro, foi decidido que após a instalação da Comissão de Saúde da Casa, na próxima semana, será realizada uma reunião com representantes da SES e da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro, responsável pela emissão de laudo técnico conclusivo a respeito da estrutura), para que haja rapidamente um parecer sobre as condições do hospital.

A deputada Enfermeira Rejane (PCdoB) questionou a atuação da SES diante da paralisação. “Qual o planejamento feito pela secretaria em relação aos funcionários? Eu já trabalhei em hospital em obra, inclusive a emergência foi transferida para outra ala, e o hospital não parou. Como será feita a transferência de funcionários a outras unidades, em plena pandemia?”, questionou. Os deputados solicitaram à SES que, até a reunião com a EMOP, não seja feita qualquer alteração no quadro de funcionários da unidade.

À frente da Subsecretaria Executiva da SES, Leonardo Ferreira garantiu que não haverá decisões arbitrárias em relação a transferência de funcionários. “Nenhum funcionário será realocado por decisão unilateral. Vamos fazer uma comissão com servidores e decidir conjuntamente. Iremos fazer a realocação analisando o contexto, de acordo com o local de moradia de cada um”, frisou. Ele também esclareceu como está sendo avaliada a segurança da estrutura do hospital. “Em julho de 2020 a Defesa Civil municipal e a EMOP emitiram um laudo que informava que não há risco iminente, mas há risco potencial. Em fevereiro deste ano fizemos uma vistoria e percebemos que houve evolução de problemas estruturais gritantes. Foi detectado que era necessário um estudo técnico feito por calculistas, para garantir a segurança. Não temos estes especialistas, e solicitamos à Emop. Como eles também não possuem, iniciou-se no dia 06 de março um prazo de 120 dias para a contratação e entrega do laudo. Então saberemos se podemos reabrir o hospital e continuar, com uma reforma estrutural”, informou o subsecretário.

O deputado Flávio Serafini (PSol) se mostrou insatisfeito com a forma que a questão está sendo tratada. “Nós também queremos um hospital de referência, mas o processo está sendo atropelado. Um problema que já foi detectado há meses teve medidas muito importantes decididas rapidamente na última semana”, criticou. Presidente da comissão na última legislatura, a deputada Martha Rocha (PDT) também esteve presente, assim como o presidente do IASERJ (Instituto de Assistência dos Servidores do Estado, pertencente à SES, e que gerencia o Hospital Eduardo Rabello), Alexandre Maurity