Desemprego no Rio é pauta de debates entre presidenciáveis

O Brasil escolherá em outubro deste ano um novo presidente da República. E por conta da crise gerada pelo desemprego, o assunto tem se mantido no radar de debates e propostas de todos os pré-candidatos ao Palácio do Planalto.

Sobre o problema específico do Rio de Janeiro, que enfrenta grave crise fiscal, Ciro Gomes, do PDT, diz que, se eleito, dará um basta no “estado de caos, de anarquia e de desgoverno” vivido pelos fluminenses. De acordo com o pré-candidato, “qualquer desmantelo na imagem do Rio ofende imediatamente a imagem do Brasil”.

Ciro afirma ainda que fará uso do petróleo para alavancar a economia do estado.

“O Rio de Janeiro é um estado que é muito dependente das receitas vindas do petróleo, e o petróleo é um tipo de mercadoria que sobe e desce depressa historicamente. E o que houve lá atrás no Rio de Janeiro? O preço do petróleo subiu muito e os governantes do Rio de Janeiro, esquecendo da história de oscilação de preços, aumentaram as despesas do Rio de Janeiro, que se chama gasto corrente. Ou seja, ao invés de usar o dinheiro do petróleo para investir em infraestrutura, escola e saúde, que são coisas que multiplicam investimento, gastaram em custeio, que é um dinheiro que você gasta e não volta mais. Quando o preço do petróleo despencou, os gastos de custeio estavam lá em cima e a receita sumiu. Portanto, começa aí, estruturalmente, o problema do Rio”.

Ainda sobre a questão do emprego, o pré-candidato do PSL à Presidência, o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) afirma que é preciso dar “liberdade aos empresários”. Em sabatina promovida pelo jornal “Correio Braziliense”, o político afirmou que a saída da crise econômica “passa por um presidente que tenha a humildade para conversar com todos os setores”.

“Um presidente da República, um governador, um prefeito, ele não cria emprego. A não ser que ele abra concurso ou leve em votação o surgimento de novos cargos comissionados. O que o governo tem que fazer é não atrapalhar quem quer empreender, quem quer investir, quem quer produzir alguma coisa”.

Já Marina Silva, da REDE, aponta que a crise econômica vivida pelo país é fruto de “decisões equivocadas” do governo federal.

“O Brasil não está com 13 milhões de desempregados por um terremoto, maremoto, uma guerra, mas em função de decisões políticas equivocadas”, afirmou a pré-candidata, ao participar de um evento com prefeitos de todo o país, no último mês.

Geraldo Alckmin, do PSDB, compartilha o diagnóstico de Marina Silva. Segundo ele, “o equilíbrio das contas públicas é a base para ter confiança. E aí a economia cresce”.

Com a maior taxa de desemprego da região Sudeste, o Rio de Janeiro ainda não recuperou da crise política e econômica que afeta o estado há pelo menos três anos. Segundo números do IBGE, no primeiro trimestre deste ano, o desemprego chegou a 15%. No mesmo período em 2017, a taxa de desocupação era de 14,5%.

Com a colaboração de João Paulo Machado, reportagem Juliana Gonçalves